Young Money
Publicado no Atual do Expresso em Junho de 2010:
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We Are Young Money
Young Money
Cash Money
Lil Wayne fundou a Young Money há cinco anos. Hoje, e mesmo com um leque de artistas curto, a editora tem um papel essencial no hip-hop: por lá se encontram, além das rimas encharcadas em auto-tune do patrão Wayne, a suave estrela em ascensão Drake (“Thank Me Later”, o seu primeiro álbum a valer, sai em meados de Junho) e a carismática Nicki Minaj, notável pela voz carismática, pelo visual tipo vixen de Russ Meyer, por assumir a bissexualidade num meio ainda resolutamente hetero, e por uma fixação nada infantil pela Barbie. “We Are Young Money” mostra os atributos de 11 nomes do elenco da editora (mais uns quantos convidados externos) em temas que usam ritmos ponderados e de uma nitidez cristalina, a que uns gongos de plástico emprestam episódica grandiosidade. As linhas de sintetizador, omnipresentes, são também de uma clareza vítrea. Ao longe, há guitarras em apoplexia hard-rock. Entre a alegria juvenil de vários temas e o assédio pornográfico dos versos há uma película fina e esburacada. O som da casa Young Money é herdeiro do gangsta rap e do dirrty south, mesmo quando a melodia corteja o r&b e a pop (em ‘Bedrock’), ou cornetas romanas de loja dos 300 intoxicam ‘Roger That’. Entre promessas (ou ameaças?) de proezas sexuais, aqui a jactância é uma forma de arte.
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We Are Young Money
Young Money
Cash Money
Lil Wayne fundou a Young Money há cinco anos. Hoje, e mesmo com um leque de artistas curto, a editora tem um papel essencial no hip-hop: por lá se encontram, além das rimas encharcadas em auto-tune do patrão Wayne, a suave estrela em ascensão Drake (“Thank Me Later”, o seu primeiro álbum a valer, sai em meados de Junho) e a carismática Nicki Minaj, notável pela voz carismática, pelo visual tipo vixen de Russ Meyer, por assumir a bissexualidade num meio ainda resolutamente hetero, e por uma fixação nada infantil pela Barbie. “We Are Young Money” mostra os atributos de 11 nomes do elenco da editora (mais uns quantos convidados externos) em temas que usam ritmos ponderados e de uma nitidez cristalina, a que uns gongos de plástico emprestam episódica grandiosidade. As linhas de sintetizador, omnipresentes, são também de uma clareza vítrea. Ao longe, há guitarras em apoplexia hard-rock. Entre a alegria juvenil de vários temas e o assédio pornográfico dos versos há uma película fina e esburacada. O som da casa Young Money é herdeiro do gangsta rap e do dirrty south, mesmo quando a melodia corteja o r&b e a pop (em ‘Bedrock’), ou cornetas romanas de loja dos 300 intoxicam ‘Roger That’. Entre promessas (ou ameaças?) de proezas sexuais, aqui a jactância é uma forma de arte.
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