Dealema
Publicado em Abril de 2010 na Time Out:
Dealema
Arte de Viver
Optimus/Compact
****
O segundo álbum dos Dealema (V Império, de 2008) não teve a atenção do mainstream que seria lógico esperar. O que fazer a seguir? Simples: um EP de instrumentais de um hip-hop geralmente clássico mas vivo e apurado, com rimas de variedade e qualidade à altura. No tema título os ritmos fustigam fundo, a que se segue um fio de canções cinza chumbo, apocalípticas mas não niilistas (“A Causa Perdida”), com humor negro (“Família Malícia”), e paranóia à deriva num labirinto mental (“O Pêndulo”). A fechar, “Olhos de Vidro” foge aos moldes com a entrada de guitarra e baixo, de onde resulta um convincente tema hip-hop/ emo/ rock FM, Ex-Peão mostrando no refrão que se safa bem a trocar o rap pelo canto. Arte de Viver não se atola em tribalismos nem auto-indulgência. São depurações de uma linguagem familiar, mas depurações finamente escolhidas. Meia dúzia de canções que valem por muitos álbuns inteiros.
Dealema
Arte de Viver
Optimus/Compact
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O segundo álbum dos Dealema (V Império, de 2008) não teve a atenção do mainstream que seria lógico esperar. O que fazer a seguir? Simples: um EP de instrumentais de um hip-hop geralmente clássico mas vivo e apurado, com rimas de variedade e qualidade à altura. No tema título os ritmos fustigam fundo, a que se segue um fio de canções cinza chumbo, apocalípticas mas não niilistas (“A Causa Perdida”), com humor negro (“Família Malícia”), e paranóia à deriva num labirinto mental (“O Pêndulo”). A fechar, “Olhos de Vidro” foge aos moldes com a entrada de guitarra e baixo, de onde resulta um convincente tema hip-hop/ emo/ rock FM, Ex-Peão mostrando no refrão que se safa bem a trocar o rap pelo canto. Arte de Viver não se atola em tribalismos nem auto-indulgência. São depurações de uma linguagem familiar, mas depurações finamente escolhidas. Meia dúzia de canções que valem por muitos álbuns inteiros.
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