Johnwaynes
Publicado na Time Out em Maio de 2010:
A Seguir
Johnwaynes
João Pedro Vieira “estranhou” o dia em que entrou numa discoteca e ouviu “Libertango” alinhado no meio “de coisas super-comerciais, tipo Madonna”. Foi também por esses dias que a mãe de João Pedro (aliás, Jepe) descobriu a autoria daquela versão dançável do tema de Astor Piazolla que já apanhara na rádio. “Ela virou-se para mim e disse, ‘Não sabia que tinhas feito isto. Podias ter-me contado.’” Jepe e António Bastos (nome artístico: Mr. Beat) formam a dupla aveirense Johnwaynes, que se juntou vai para cinco anos quando os Loto os convidaram para fazer uma remistura. Depois disso já viram sair uma dezena de máxis, quase todos por editoras internacionais – incluindo a nipónica Mule Musiq e a Black Label da marca germânica Compost, que lançou “Libertango” –, o que lhes vai garantindo uma certa reputação nessa espécie de contradição de termos que é o underground global da música de dança. Jepe vê os Johnwaynes como um projecto com dupla identidade: mais orientado para uma música de dança robusta mas minuciosa quando salta a fronteira, mais próximo de uma pop complexa e elegante no plano nacional. É também isso que mostram as cinco faixas do EP What Is All About da série Optimus Discos, todas com vozes humanas, todas vozes estrangeiras (“ainda fomos para estúdio com cantores portugueses, mas não houve feeling”). Com raízes no DJing, Jepe anda agora a “descobrir” a arte dos concertos. O espectáculo Johnwaynes envolve 11 músicos e forte componente multimédia, e já começou a mostrar-se.
A Seguir
Johnwaynes
João Pedro Vieira “estranhou” o dia em que entrou numa discoteca e ouviu “Libertango” alinhado no meio “de coisas super-comerciais, tipo Madonna”. Foi também por esses dias que a mãe de João Pedro (aliás, Jepe) descobriu a autoria daquela versão dançável do tema de Astor Piazolla que já apanhara na rádio. “Ela virou-se para mim e disse, ‘Não sabia que tinhas feito isto. Podias ter-me contado.’” Jepe e António Bastos (nome artístico: Mr. Beat) formam a dupla aveirense Johnwaynes, que se juntou vai para cinco anos quando os Loto os convidaram para fazer uma remistura. Depois disso já viram sair uma dezena de máxis, quase todos por editoras internacionais – incluindo a nipónica Mule Musiq e a Black Label da marca germânica Compost, que lançou “Libertango” –, o que lhes vai garantindo uma certa reputação nessa espécie de contradição de termos que é o underground global da música de dança. Jepe vê os Johnwaynes como um projecto com dupla identidade: mais orientado para uma música de dança robusta mas minuciosa quando salta a fronteira, mais próximo de uma pop complexa e elegante no plano nacional. É também isso que mostram as cinco faixas do EP What Is All About da série Optimus Discos, todas com vozes humanas, todas vozes estrangeiras (“ainda fomos para estúdio com cantores portugueses, mas não houve feeling”). Com raízes no DJing, Jepe anda agora a “descobrir” a arte dos concertos. O espectáculo Johnwaynes envolve 11 músicos e forte componente multimédia, e já começou a mostrar-se.
Comentários