The Unthanks
Publicado na Time Out em Abril de 2010:
The Unthanks
Auditório de Espinho
Uma maneira bastante fiável de saber se uma banda de pop-rock presta ou nem por isso é ver como ela se safa no robertwyattómetro, escala criada em honra de um dos mais brilhantes e idiossincráticos criadores de música dos últimos 40 anos (sim, Robert Wyatt). O quinteto The Unthanks, do norte de Inglaterra, teve a temeridade de se lançar a “Sea Song”, se calhar a canção mais transcendente da carreira de Wyatt (foi no álbum The Bairns, lançado em 2007, quando o grupo se chamava Rachel Unthank and the Winterset), e o que lá pôs demonstra que não é uma banda qualquer. As irmãs Rachel e Becky Unthank usam as suas vozes seguras em convergências, divergências e complementaridades que tanto asseguram os mínimos essenciais da tradição folk de onde emergem como seguem para territórios mais difíceis de reconhecer. À sua volta, a carga instrumental costuma ser poupada: piano, violinos, ukelele, os pés das cantoras marcando o ritmo e, desde o disco mais recente, Here’s the Tender Coming, o emprego ocasional de baixo e bateria.
Os Unthanks tocam temas originais, standards folk e versões de outras proveniências – do referido Robert Wyatt aos Beatles via “Sexy Sadie”. O seu trio de álbuns (o par já referido e Cruel Sister, de 2005) vem sendo corrido num crescendo de prémios e elogios críticos. Todos merecidos. É confirmar agora, na estreia em palcos lusos.
The Unthanks
Auditório de Espinho
Uma maneira bastante fiável de saber se uma banda de pop-rock presta ou nem por isso é ver como ela se safa no robertwyattómetro, escala criada em honra de um dos mais brilhantes e idiossincráticos criadores de música dos últimos 40 anos (sim, Robert Wyatt). O quinteto The Unthanks, do norte de Inglaterra, teve a temeridade de se lançar a “Sea Song”, se calhar a canção mais transcendente da carreira de Wyatt (foi no álbum The Bairns, lançado em 2007, quando o grupo se chamava Rachel Unthank and the Winterset), e o que lá pôs demonstra que não é uma banda qualquer. As irmãs Rachel e Becky Unthank usam as suas vozes seguras em convergências, divergências e complementaridades que tanto asseguram os mínimos essenciais da tradição folk de onde emergem como seguem para territórios mais difíceis de reconhecer. À sua volta, a carga instrumental costuma ser poupada: piano, violinos, ukelele, os pés das cantoras marcando o ritmo e, desde o disco mais recente, Here’s the Tender Coming, o emprego ocasional de baixo e bateria.
Os Unthanks tocam temas originais, standards folk e versões de outras proveniências – do referido Robert Wyatt aos Beatles via “Sexy Sadie”. O seu trio de álbuns (o par já referido e Cruel Sister, de 2005) vem sendo corrido num crescendo de prémios e elogios críticos. Todos merecidos. É confirmar agora, na estreia em palcos lusos.
Comentários