UM

Para os que, como eu, ficam a cismar com as pontas soltas, tenho a comunicar que o jornal UM, que eu dirigi entre Agosto e Dezembro do ano passado, está oficialmente morto.

Morreu prematuramente, muito prematuramente, mas morreu de morte natural. Estou longe de estar convencido que o UM não tinha recursos ou contexto para existir, mas as coisas correram como correram e o UM já não corre.

Obrigado Jorge. Muito obrigado Eduardo. Obrigado Rita, Ana Patrícia, André, Inês, Zé, Luís, Álvaro, Nuno P., Pedro, Rodrigo, Nelson, França, Diogo, Adriana e Tiago. Obrigado também ao Nuno C. e ao Filipe.

Obrigado a todos os que se ofereceram para o distribuir. Obrigado a quem lá desejou colocar publicidade. Obrigado, naturalmente, a quem teve a desmesurada paciência de o procurar quinzenalmente, a quem o leu e a quem se deu bem com ele.

A pequenina história do UM continuará, presumo eu, inteiramente acessível no seu site.

Stay beautiful.

Comentários

Spaceboy disse…
É uma pena esta morte. O UM faz muita falta. Acho que não há muitos sítios onde se possa ler sobre a Paris Hilton e na página a seguir sobre os Sunn0))), sempre com alguma da melhor escrita musical do país. Inteligente e sem preconceitos. Abraço.
Jorge Lopes disse…
Proporcionar combinações dessas era um dos maiores prazeres de fazer o UM.

Fechou-se um (micro-)ciclo. Acho perfeitamente possível que outros veículos comunitários e profissionais para uma escrita pop abrangente, absorvente e empenhada apareçam. Só não vale muito a pena esperar que coisa semelhante volte a surgir destas paragens (isto é, de moi même).

Obrigado pelo atenção e pelo apoio constantes, Spaceboy. Cheers!
Spaceboy disse…
Tenho esperança que aparençam novos "veículos comunitários e profissionais para uma escrita pop abrangente, absorvente e empenhada", mas tenho pena que não seja provável estares envolvido neles. Ah, e podes tratar-me por João Moço (o tratamento por nicks soa sempre estranho). Cheers.
Jorge Lopes disse…
Não me ponho de fora de eventuais futuros projectos desse género, mas só entraria nisso como colaborador (remunerado, obviamente), ou só aceitaria posições de responsabilidade depois de estarem absolutamente assegurados requisitos básicos de organização, responsabilidade, alicerces financeiros, credibilidade e consciência real, da parte do "patronato", daquilo em que estavam a meter-se.

Como é costume dizer-se, João, "à segunda só cai quem quer". :-)
Major Eléctrico disse…
O UM, o Y, a 6a... Imagino uma caricatura com um monstro sem rosto a empurrar alguns resistentes contra a parede, mas a imagem real é provavelmente a de uma legião de desempregados de luxo. No mundo dos Outros parece tudo tão fachada que, quando se pensa nisso, têm-se pesadelos à noite.
Jorge Lopes disse…
Infelizmente, dou por mim a pensar muitas vezes se isto não serão apenas reflexos de uma caída no real de quem, como muitos de nós, gosta de imaginar que vive no primeiro mundo mas que vive, de facto, no segundo.
Fui um daqueles que ia buscar o jornal à FNAC e aproveitava para lê-lo a beber um café. Dava-me um gozo enorme lêr algo inteligente e francamente actual.

Prefiro pensar que um dia um projecto desses pode ter pernas para andar...

Até sempre!sbgielz

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