Orchestral Manoeuvres in the Dark
Publicado na Time Out em Setembro de 2010:
Orchestral Manoeuvres in the Dark
History of Modern
100%/Edel
***
History of Modern flutua pela música pop dos anos 80 e 90, regressando a lugares pelos quais os Orchestral Manoeuvres in the Dark já haviam passado. Mas enquanto na primeira metade dos 80s o grupo de Andy McCluskey e do regressado Paul Humphreys estava ligado a algo em convulsão que marcava o tempo, já a existência nos 90s mostrou um grupo tentando adaptar a sua synthpop a novas circunstâncias, compensando a falha no brilhantismo com um saber-fazer profissional.
A voz de McCluskey continua a ser, com frequência, a cereja no topo de densos bolos feitos de paroxismos melódicos em cima de paroxismos melódicos. É uma das idiossincrasias dos OMD, ao lado de um baralhar de classicismo com modernismo. Além das linhas limpas e geométricas e das cores fortes da estupenda capa desenhada por Peter Saville, o melhor de History of Modern acontece quando a intensidade pop tem de conviver com linhas de sintetizador melódicas mas translúcidas, suportadas por ritmos dinâmicos e um som espesso q.b., como nas duas partes da faixa-título ou no quase atmosférico “The Right Side?”. No despido “New Holy Ground” vai-se mais longe, atingindo-se um som hipnótico onde o ecoar de passos funciona como metrónomo. O single “If You Want It”, pelo contrário, ressente-se da falta de contraditório à massa orquestral – “Sister Marie Says”, directo e com a mistura certa de frenesim e melancolia, seria uma melhor escolha para tema de apresentação. “Sometimes” soa a faixa perdida dos tempos de fama de Moby.
Por todo o disco pressente-se o espectro dos Kraftwerk, havendo até um inspirado tributo aos germânicos chamado “RFWK” (isto é, as iniciais dos mensch maschine no período clássico). Compreensível, quando se sabe que foi um concerto dos Kraftwerk em Liverpool nos anos 70 que encaminhou Andy McCluskey para a vida musical que se conhece.
Orchestral Manoeuvres in the Dark
History of Modern
100%/Edel
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History of Modern flutua pela música pop dos anos 80 e 90, regressando a lugares pelos quais os Orchestral Manoeuvres in the Dark já haviam passado. Mas enquanto na primeira metade dos 80s o grupo de Andy McCluskey e do regressado Paul Humphreys estava ligado a algo em convulsão que marcava o tempo, já a existência nos 90s mostrou um grupo tentando adaptar a sua synthpop a novas circunstâncias, compensando a falha no brilhantismo com um saber-fazer profissional.
A voz de McCluskey continua a ser, com frequência, a cereja no topo de densos bolos feitos de paroxismos melódicos em cima de paroxismos melódicos. É uma das idiossincrasias dos OMD, ao lado de um baralhar de classicismo com modernismo. Além das linhas limpas e geométricas e das cores fortes da estupenda capa desenhada por Peter Saville, o melhor de History of Modern acontece quando a intensidade pop tem de conviver com linhas de sintetizador melódicas mas translúcidas, suportadas por ritmos dinâmicos e um som espesso q.b., como nas duas partes da faixa-título ou no quase atmosférico “The Right Side?”. No despido “New Holy Ground” vai-se mais longe, atingindo-se um som hipnótico onde o ecoar de passos funciona como metrónomo. O single “If You Want It”, pelo contrário, ressente-se da falta de contraditório à massa orquestral – “Sister Marie Says”, directo e com a mistura certa de frenesim e melancolia, seria uma melhor escolha para tema de apresentação. “Sometimes” soa a faixa perdida dos tempos de fama de Moby.
Por todo o disco pressente-se o espectro dos Kraftwerk, havendo até um inspirado tributo aos germânicos chamado “RFWK” (isto é, as iniciais dos mensch maschine no período clássico). Compreensível, quando se sabe que foi um concerto dos Kraftwerk em Liverpool nos anos 70 que encaminhou Andy McCluskey para a vida musical que se conhece.
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