Shirley Bassey
(publicado em Setembro no Actual do Expresso)
Burn My Candle – The Complete Early Years 1956-58
Shirley Bassey
2 CD Fantastic Voyage/ Compact
Entre os 19 e os 21 anos, Dame Shirley Bassey ainda não usa a voz tonitruante que emprestou a ‘Goldfinger’ e ‘Diamonds Are Forever’ mas é já uma intérprete notável e imponente, desdobrando-se em registos que cruzam a torch song, o colorido instrumental da exotica, a canção ligeira, os blues, o jazz, o brilho do cabaré e o flirt democrático do espectáculo de variedades. “Burn My Candle” é uma recolha feita com amor e precisão de material registado para a Philips: o primeiro CD arregimenta os nove singles inaugurais de Bassey, enquanto a segunda rodela recupera um EP ao vivo (“Shirley Bassey at the Café de Paris”) e o álbum de dez polegadas “Born to Sing the Blues”. Ao longo de 31 faixas, a mais famosa intérprete que o País de Gales deu ao mundo cuida bem de uns quantos standards (‘I’ve Got You Under My Skin’, ‘Stormy Weather’) e da ocasional bizarria (‘Banana Boat Song’), mas é no território da alusão sexual mais ou menos explícita que ela deixa para trás as mais castas vozes femininas britânicas da época – o seu single de estreia, ‘Burn My Candle (At Both Ends)’, foi censurado pela BBC, e nem se imagina o que a zelosa estação pública terá achado de ‘Fire Down Below’ ou de… ‘Sex’.
Burn My Candle – The Complete Early Years 1956-58
Shirley Bassey
2 CD Fantastic Voyage/ Compact
Entre os 19 e os 21 anos, Dame Shirley Bassey ainda não usa a voz tonitruante que emprestou a ‘Goldfinger’ e ‘Diamonds Are Forever’ mas é já uma intérprete notável e imponente, desdobrando-se em registos que cruzam a torch song, o colorido instrumental da exotica, a canção ligeira, os blues, o jazz, o brilho do cabaré e o flirt democrático do espectáculo de variedades. “Burn My Candle” é uma recolha feita com amor e precisão de material registado para a Philips: o primeiro CD arregimenta os nove singles inaugurais de Bassey, enquanto a segunda rodela recupera um EP ao vivo (“Shirley Bassey at the Café de Paris”) e o álbum de dez polegadas “Born to Sing the Blues”. Ao longo de 31 faixas, a mais famosa intérprete que o País de Gales deu ao mundo cuida bem de uns quantos standards (‘I’ve Got You Under My Skin’, ‘Stormy Weather’) e da ocasional bizarria (‘Banana Boat Song’), mas é no território da alusão sexual mais ou menos explícita que ela deixa para trás as mais castas vozes femininas britânicas da época – o seu single de estreia, ‘Burn My Candle (At Both Ends)’, foi censurado pela BBC, e nem se imagina o que a zelosa estação pública terá achado de ‘Fire Down Below’ ou de… ‘Sex’.
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