Orbital
(publicado em Setembro no Expresso)
Orbital 20
Orbital
2 CD Rhino/Warner
Phil e Paul Hartnoll testemunharam em primeira mão o momento, nos fins dos anos 80, em que no Reino Unido a electrónica dançável virou modo de vida alternativo sob a forma de raves. Foi um momento de charneira na cultura popular do último quarto de século e Phil e Paul estavam lá, como Orbital, para lhe dar uma trilha sonora que, como lembra esta compilação que assinala os 20 anos de produção da dupla, pega nos alicerces funcionais e prospectivos do tecno e do acid house e acrescenta-lhes mundos idiossincráticos. O que continua a distinguir os Orbital de contemporâneos como os Underworld e os Chemical Brothers é a ambição das suas longas peças, actualizações do rock progressivo no que este tinha de mais utópico e fantasioso. Ainda assim, uma minúcia com espaços em branco suficientes para sugerir que a sua música teria disponibilidade para se colar a imagens, pelo que não surpreende a frequência com que o grupo é convocado para criar bandas sonoras. Quase tudo o que se escuta em “2Orbital” vem do período entre 1989 e 96. Bate certo: as cores conceptuais da sua arte são de louvar, mas é nesses sete anos que melhor se sente a ligação da música dos irmãos Hartnoll com a pista de dança.
Orbital 20
Orbital
2 CD Rhino/Warner
Phil e Paul Hartnoll testemunharam em primeira mão o momento, nos fins dos anos 80, em que no Reino Unido a electrónica dançável virou modo de vida alternativo sob a forma de raves. Foi um momento de charneira na cultura popular do último quarto de século e Phil e Paul estavam lá, como Orbital, para lhe dar uma trilha sonora que, como lembra esta compilação que assinala os 20 anos de produção da dupla, pega nos alicerces funcionais e prospectivos do tecno e do acid house e acrescenta-lhes mundos idiossincráticos. O que continua a distinguir os Orbital de contemporâneos como os Underworld e os Chemical Brothers é a ambição das suas longas peças, actualizações do rock progressivo no que este tinha de mais utópico e fantasioso. Ainda assim, uma minúcia com espaços em branco suficientes para sugerir que a sua música teria disponibilidade para se colar a imagens, pelo que não surpreende a frequência com que o grupo é convocado para criar bandas sonoras. Quase tudo o que se escuta em “2Orbital” vem do período entre 1989 e 96. Bate certo: as cores conceptuais da sua arte são de louvar, mas é nesses sete anos que melhor se sente a ligação da música dos irmãos Hartnoll com a pista de dança.
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