Faith No More
(publicado em Agosto no Expresso)
The Very Best Definitive Ultimate Greatest Hits Collection
Faith No More
2 CD Slash/Warner
Os Faith No More que este ano regressaram aos palcos (Sudoeste recebeu-os a 8 de Agosto) são, no essencial, os mesmos que conceberam um autêntico milagre na passagem dos anos 1980 para os 90: um ramo do rock mainstream novo, estranho, irresistível e influente. Tudo cortesia de um bando de músicos e compositores sobredotados, cínicos e conflituosos. A equipa rítmica (Billy Gould e Mike Bordin) montou uma máquina de funk futurista e hostil. Nas mãos de Roddy Bottum, os teclados voltam a grandiloquência, agora em contexto niilista. E enquanto por lá andou (de 84 a 94), Jim Martin providenciou uma guitarra que soltava faíscas metálicas. Só faltava um cantor à altura (um inepto Chuck Mosley empalideceu os dois primeiros álbuns mas não impediu o primeiro hit com ‘We Care a Lot’), que chegou em 88 na pele de Mike Patton, que tem tanto de génio como de incontinente. O facto de sete das 18 faixas de “The Very Best…” virem de “Angel Dust”, de 1992, diz tudo sobre por onde se deve mergulhar na música tóxica e épica dos Faith No More. Um segundo disco de lados b e raridades prova com clareza que há certas coisas que deviam, de facto, ficar definitivamente arrumadas como lados b e raridades.
The Very Best Definitive Ultimate Greatest Hits Collection
Faith No More
2 CD Slash/Warner
Os Faith No More que este ano regressaram aos palcos (Sudoeste recebeu-os a 8 de Agosto) são, no essencial, os mesmos que conceberam um autêntico milagre na passagem dos anos 1980 para os 90: um ramo do rock mainstream novo, estranho, irresistível e influente. Tudo cortesia de um bando de músicos e compositores sobredotados, cínicos e conflituosos. A equipa rítmica (Billy Gould e Mike Bordin) montou uma máquina de funk futurista e hostil. Nas mãos de Roddy Bottum, os teclados voltam a grandiloquência, agora em contexto niilista. E enquanto por lá andou (de 84 a 94), Jim Martin providenciou uma guitarra que soltava faíscas metálicas. Só faltava um cantor à altura (um inepto Chuck Mosley empalideceu os dois primeiros álbuns mas não impediu o primeiro hit com ‘We Care a Lot’), que chegou em 88 na pele de Mike Patton, que tem tanto de génio como de incontinente. O facto de sete das 18 faixas de “The Very Best…” virem de “Angel Dust”, de 1992, diz tudo sobre por onde se deve mergulhar na música tóxica e épica dos Faith No More. Um segundo disco de lados b e raridades prova com clareza que há certas coisas que deviam, de facto, ficar definitivamente arrumadas como lados b e raridades.
Comentários