Enrique
Iglesias
Meo Arena
No princípio, Enrique era Martinez e não Iglesias. Mas
quer ele quisesse, quer não, o cavalheiro agora com 39 anos sempre foi um
privilegiado – porque um background da dimensão do pai Julio nunca pode não ser
de algum modo útil quando se opta pelas cantigas; porque cedo se habituou a
chamar casa a Miami, capital do interface entre a pop latina e a
anglo-americana; e porque ele, Enrique, tem um ror de talento.
O caminho que vem
percorrendo no showbiz tornou-se familiar: início em meados dos anos 1990
focado no público hispânico, o sucesso a transbordar para o resto do planeta já
neste século. E tanto no caso de Enrique Iglesias como de parceiros de rota do
calibre de Shakira e Pitbull, tem sido mais um caso da cultura popular de
costela anglófona se aproximar do mercado latino (e, pormenor crucial, do
afro-latino) do que do movimento contrário. É confirmar domingo, na Meo Arena,
num serão onde Mickael Carreira brotará para repetir o dueto em “Bailando”, uma
das faixas do ainda último registo de Iglesias, o quente e compacto mas variado
Sex and Love, saído há quase dois
anos.
(Antevisão de concerto publicada em Dezembro de 2015 na Time Out Lisboa.)
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