Madonna
(Publicado em Outubro no Actual do Expresso)
Celebration
Madonna
2 CD Warner Bros./Warner
“The Immaculate Collection” foi a primeira compilação tipo best of de Madonna. Saiu em 1990 e faz inteiro jus ao nome, resumindo uma época de ouro de uma artista pop nascida nas pistas de dança de Nova Iorque. “GHV2”, a segunda, é de 2001 e, ao focar-se na produção ziguezagueante dos anos 1990, reforça os defeitos maiores de uma pretendente a ícone pós-moderno, emitindo os seus boletins sobre o estado da cultura pop a partir da mansão remota onde calhava de habitar naquela semana. “Celebration” é outra coisa: 27 anos de carreira resumidos em 36 canções, boa parte delas vindas da melhor Madonna, aquela que se projecta do hedonismo, das luzes convulsivas e da bola de espelhos da discoteca. Ao abordar o seu percurso por este ângulo, “Celebration” faz com que os momentos mais directos e sublimes (‘Hung Up’, ‘Vogue’, ‘Holiday’, ‘Erotica’, ‘Material Girl’… a lista é generosa) amenizem os devaneios místico-conceptuais datados à nascença de ‘Music’, ‘Ray of Light’ ou ‘Hollywood’. Dois temas inéditos (‘Revolver’, r&b-pop robótico com aparição vocoderizada do rapper Lil’ Wayne; e ‘Celebration’, avisada, fulgurante e populista aliança com o superstar DJ Paul Oakenfold) provam que Madonna não perdeu a mão.
Celebration
Madonna
2 CD Warner Bros./Warner
“The Immaculate Collection” foi a primeira compilação tipo best of de Madonna. Saiu em 1990 e faz inteiro jus ao nome, resumindo uma época de ouro de uma artista pop nascida nas pistas de dança de Nova Iorque. “GHV2”, a segunda, é de 2001 e, ao focar-se na produção ziguezagueante dos anos 1990, reforça os defeitos maiores de uma pretendente a ícone pós-moderno, emitindo os seus boletins sobre o estado da cultura pop a partir da mansão remota onde calhava de habitar naquela semana. “Celebration” é outra coisa: 27 anos de carreira resumidos em 36 canções, boa parte delas vindas da melhor Madonna, aquela que se projecta do hedonismo, das luzes convulsivas e da bola de espelhos da discoteca. Ao abordar o seu percurso por este ângulo, “Celebration” faz com que os momentos mais directos e sublimes (‘Hung Up’, ‘Vogue’, ‘Holiday’, ‘Erotica’, ‘Material Girl’… a lista é generosa) amenizem os devaneios místico-conceptuais datados à nascença de ‘Music’, ‘Ray of Light’ ou ‘Hollywood’. Dois temas inéditos (‘Revolver’, r&b-pop robótico com aparição vocoderizada do rapper Lil’ Wayne; e ‘Celebration’, avisada, fulgurante e populista aliança com o superstar DJ Paul Oakenfold) provam que Madonna não perdeu a mão.
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