Estado da Nação - À Final

Foram, compactadas numa única sessão, duas das melhores eliminatórias de concursos de «música moderna portuguesa» a que assisti. Foram, de certeza, das mais heterogéneas musicalmente. Afinal houve sete bandas/ artistas em vez de seis. Todos, mesmo que com formações profundamente alteradas e/ou mutiladas, conseguiram marcar presença, apesar do período demasiado apertado entre a convocação para as eliminatórias e as ditas cujas.
Norman (electrónica deixa-cá-ver-para-que-serve-este-botão) e Alison Bentley (toda a energia punk, milagrosamente quase nenhum dos seus clichés) juntam-se a Fritz Kahn na final em Dezembro. Mereceram largamente. Também mereciam lugar na final os Checkpoint (fluentes na linguagem 1980s Bowie x Blue Nile x Sakamoto x Japan). Foram dignos, os Become Not (cantautorismo pop-rock ambiental, canções sem total justificação para tanta metragem, indecisão entre classicismo e a via economicamente apetecível das bandas sonoras para telenovelas) e Ridículo (hip-hop de instrumentais misericordiosamente livres de cultura gira-disquista, um-tipo-só que consome o palco -elogio-, repertório à procura de refrões). Já os Pepe Flutuante declamaram, o que dificilmente pode ser boa ideia.

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