Jorge Manuel Lopes, jornalista de artes e lifestyle
Jamie Woon - "Night Air"
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O título da canção é de uma precisão científica. Como se uma pessoa da escola David Sylvian - Blue Nile tivesse crescido a ouvir funk futurista e house.
Sim, é sonâmbulo, mas no bom sentido. E é também um sonambulismo exigente. :-) A voz do Jamie Woon é uma enorme mais valia porque consegue marcar uma presença (a força da presença de um verdadeiro crooner, se quiseres) que não está ao alcance, por exemplo, dos Junior Boys ou, pelo pouco que ouvi até agora, dos Darkstar. É a diferença entre uma voz forte mas que sabe ser discreta e uma voz que é apenas ténue.
Mais quatro dias e cumpriam-se dois anos exactos desde que aqui despejei o meu último best of discográfico. Um pouco de contexto, para quem não acompanhou a novela: desde 1982 que faço listas com os - meus - melhores discos do ano. O que aqui vou reproduzindo reflecte o que tem de reflectir, isto é, o que gostava, e quanto gostava, em tempo real. As listas de 92 estão aqui . As dos anos anteriores não andam longe. As de 1993, abaixo reproduzidas, soam surpreendentemente certas. Hoje, quase não mexeria nos 20 discos estrangeiros (só talvez os Dinosaur Jr. e os Pearl Jam marchariam dali para fora), e quase todos permanecem, pelo menos em teoria e de memória, audíveis. Foi um ano forte, de boas convulsões estéticas. O meu alinhamento "ideológico" pró-Melody Maker estava no auge, e lá por Novembro havia encontrado e começado a ler uma revista chamada The Wire. Já a lista nacional, a 18 anos de distância, é para lá de pobrezinha. Dois deles continuam recomendáveis (os nos. 3 e 4),...
Cheguei ao Blitz em Fevereiro de 1995. Saí em Agosto de 2000. Voltei em Novembro ou Dezembro de 2001. Saio em Abril de 2006. Tive quatro directores no Blitz - Rui Monteiro (1995-2000), Sónia Pereira (2001-2003), Pedro Gonçalves (2003-2005), e Miguel Francisco Cadete (2006). Pelo meio houve um interino. Fui editor do Blitz entre Junho ou Julho de 2003 e Junho ou Julho de 2004. Fui do Blitz sempre a partir do Porto. Em parte por gostar de ser do Blitz a partir do Porto, em parte porque os convites para mudar-me para Lisboa não foram financeiramente irrecusáveis. Olhando para o percurso do Blitz pela óptica de 2006 (em tempo real é muitíssimo mais difícil pensar assim) acho que a grande mudança que o Blitz necessitava devia ter acontecido em 1999/2000. Nessa altura tinha o prestígio, as vendas (em deslize suave, ainda assim abundantes), a publicidade, a influência, os Prémios e mais fidelidade. Tinha outra margem de manobra para escolher entre várias vias de mudança. De, acaso isso fosse ...
Comentários
^^ao longo deste ano, isto tem-se revelado bem menos sonâmbulo do que uma primeira audição me faria prever. uma certa aquosidade intrigante, i guess.
Produção do Burial.