Crookers
(publicado na Time Out Porto de Abril)
Crookers
Teatro Sá da Bandeira, sexta-feira 30
A Itália tem um bom nome a defender no universo da música de dança – e se ainda não tinha reparado nisso, é favor deitar a mão a uma compilação decente de italo-disco. Nos anos 80, o italo-disco pegava no ouvinte e punha-o a dançar nas nuvens. E com vontade de se despir. Desde 2003 que os milaneses Phra e Bot também põem pistas de dança a fervilhar, mas as ferramentas musicais que usam em nada se assemelham à grandiosa tapeçaria do italo-disco. Os Crookers põem a música a falar alto. A linguagem mais usada é a do electro house, com quantidades avantajadas de rap ao barulho. Imagine-se que o big beat dos Chemical Brothers e Fatboy Slim havia sido desmantelado e encaixotado no final dos 90s, que a empresa de mudanças que o transportou para os dias de hoje perdeu o livro de instruções e que uma nova geração abriu as caixas e remontou as peças de uma forma consideravelmente diferente. É isso que o corpo sente quando atacado pelos temas ferozmente populistas que juntam os Crookers a Will.I.Am, Kid Cudi, Kardinal Offishal ou Pitbull, ou pelas milhentas remisturas já despachadas para Britney Spears, U2 ou AC/DC.
Os Crookers chegam ao Sá da Bandeira para outra sessão Clash Club quase dois meses após o lançamento do álbum Tons of Friends. Não se sabe se Phra e Bot vão aparecer dentro das quentíssimas fatiotas de sapo e tigre com que abrilhantaram uma edição recente da revista britânica Mixmag, mas convém que o leitor não siga o exemplo: vá para a festa com pouca roupa. Fritus Potatoes Suicide e DJ Manaia prestarão assistência adicional.
Crookers
Teatro Sá da Bandeira, sexta-feira 30
A Itália tem um bom nome a defender no universo da música de dança – e se ainda não tinha reparado nisso, é favor deitar a mão a uma compilação decente de italo-disco. Nos anos 80, o italo-disco pegava no ouvinte e punha-o a dançar nas nuvens. E com vontade de se despir. Desde 2003 que os milaneses Phra e Bot também põem pistas de dança a fervilhar, mas as ferramentas musicais que usam em nada se assemelham à grandiosa tapeçaria do italo-disco. Os Crookers põem a música a falar alto. A linguagem mais usada é a do electro house, com quantidades avantajadas de rap ao barulho. Imagine-se que o big beat dos Chemical Brothers e Fatboy Slim havia sido desmantelado e encaixotado no final dos 90s, que a empresa de mudanças que o transportou para os dias de hoje perdeu o livro de instruções e que uma nova geração abriu as caixas e remontou as peças de uma forma consideravelmente diferente. É isso que o corpo sente quando atacado pelos temas ferozmente populistas que juntam os Crookers a Will.I.Am, Kid Cudi, Kardinal Offishal ou Pitbull, ou pelas milhentas remisturas já despachadas para Britney Spears, U2 ou AC/DC.
Os Crookers chegam ao Sá da Bandeira para outra sessão Clash Club quase dois meses após o lançamento do álbum Tons of Friends. Não se sabe se Phra e Bot vão aparecer dentro das quentíssimas fatiotas de sapo e tigre com que abrilhantaram uma edição recente da revista britânica Mixmag, mas convém que o leitor não siga o exemplo: vá para a festa com pouca roupa. Fritus Potatoes Suicide e DJ Manaia prestarão assistência adicional.
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