Sim, também é das "perdidas-em-combate" que mais tenho pena de se ter, errr, perdido em combate. Ela e o contexto modernista ZTTiano aonde isto tudo foi desaguar. A diferença notável entre este e outros bocados do jardim zoológico dos 80s e o que acontece agora (e sei que isto está a um milímetro de derrapar para o reaccionarismo puro) é que neste bocado de jardim zoológico celebra-se um arrojo formal e de conteúdo dentro de um contexto Pop. A inovação e a imaginação e a ousadia ouvem-se e vêem-se; ainda não foram transplantadas por inteiro para uma conversa absurda de formatos e ringtones e downloads WMA e o falo que os fornique a todos. O Slave to the Rhtyhm é um prodígio state of the art/ hi-tech nos 80s como nos 00s. Saiu originalmente em vinil...
Mais quatro dias e cumpriam-se dois anos exactos desde que aqui despejei o meu último best of discográfico. Um pouco de contexto, para quem não acompanhou a novela: desde 1982 que faço listas com os - meus - melhores discos do ano. O que aqui vou reproduzindo reflecte o que tem de reflectir, isto é, o que gostava, e quanto gostava, em tempo real. As listas de 92 estão aqui . As dos anos anteriores não andam longe. As de 1993, abaixo reproduzidas, soam surpreendentemente certas. Hoje, quase não mexeria nos 20 discos estrangeiros (só talvez os Dinosaur Jr. e os Pearl Jam marchariam dali para fora), e quase todos permanecem, pelo menos em teoria e de memória, audíveis. Foi um ano forte, de boas convulsões estéticas. O meu alinhamento "ideológico" pró-Melody Maker estava no auge, e lá por Novembro havia encontrado e começado a ler uma revista chamada The Wire. Já a lista nacional, a 18 anos de distância, é para lá de pobrezinha. Dois deles continuam recomendáveis (os nos. 3 e 4),...
Vai uma lista do melhor papel impresso estrangeiro neste preciso momento? Vai? Vai. 1 - The Word 2 - The Wire 3 - Vanity Fair (e um site maravilhoso) 4 - Decibel 5 - Terrorizer 6 - Plan B banco de suplentes: 7- Mixmag 8 - Blender 9 - Wax Poetics 10 - The Believer 11 - Rolling Stone
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A diferença notável entre este e outros bocados do jardim zoológico dos 80s e o que acontece agora (e sei que isto está a um milímetro de derrapar para o reaccionarismo puro) é que neste bocado de jardim zoológico celebra-se um arrojo formal e de conteúdo dentro de um contexto Pop. A inovação e a imaginação e a ousadia ouvem-se e vêem-se; ainda não foram transplantadas por inteiro para uma conversa absurda de formatos e ringtones e downloads WMA e o falo que os fornique a todos.
O Slave to the Rhtyhm é um prodígio state of the art/ hi-tech nos 80s como nos 00s. Saiu originalmente em vinil...