Mais quatro dias e cumpriam-se dois anos exactos desde que aqui despejei o meu último best of discográfico. Um pouco de contexto, para quem não acompanhou a novela: desde 1982 que faço listas com os - meus - melhores discos do ano. O que aqui vou reproduzindo reflecte o que tem de reflectir, isto é, o que gostava, e quanto gostava, em tempo real. As listas de 92 estão aqui . As dos anos anteriores não andam longe. As de 1993, abaixo reproduzidas, soam surpreendentemente certas. Hoje, quase não mexeria nos 20 discos estrangeiros (só talvez os Dinosaur Jr. e os Pearl Jam marchariam dali para fora), e quase todos permanecem, pelo menos em teoria e de memória, audíveis. Foi um ano forte, de boas convulsões estéticas. O meu alinhamento "ideológico" pró-Melody Maker estava no auge, e lá por Novembro havia encontrado e começado a ler uma revista chamada The Wire. Já a lista nacional, a 18 anos de distância, é para lá de pobrezinha. Dois deles continuam recomendáveis (os nos. 3 e 4),
Perde-se muito tempo com e discute-se demasiado sobre uma coisa que não tem (não devia ter) puto de interesse. Eis como Keith Richards despacha a religião na autobiografia Life : "There's nobody in my family that ever had anything to do with organized religion. None of them. I had a grandfather who was a red-blooded socialist, as was my grandmother. And the church, organized religion, was something to be avoided. Nobody minded what Christ said, nobody said there wasn't a God or anything like that, but stay away from organizations. Priests would be considered with much suspicion. See a bloke in a black frock, cross the road. Mind out for the Catholics, they're even dodgier. They had no time for it. Thank God, otherwise Sundays would have been even more boring than they were. We never went to church, never knew where it was." Keith Richards é ainda maior do que eu imaginava. (E, pela descrição, ainda teve a sorte de não lidar com o flagelo islâmico, que deve ser
2017 acaba num lugar muito diferente, para melhor e para pior, daquele em que começou. Resolução para 2018, na verdade já em vigor: ouvir e ler menos para ouvir e ler melhor. Um bom 2018 para tod@s. 1 - Lust for Life - Lana Del Rey 2 - Sweet Sexy Savage - Kehlani 3 - Async - Ryuichi Sakamoto 4 - Accelerate - Serge Beynaud 5 - El Dorado - Shakira 6 - Strength of a Woman - Mary J Blige 7 - War & Leisure - Miguel 8 - I See You - The xx 9 - UKG - t q d 10 - Semper Femina - Laura Marling 11 - Wrangled - Angaleena Presley 12 - GBMV2 - Cardi B 13 - Black Ken - Lil B 14 - Pop 2 - Charli XCX 15 - Our Point of View - Blue Note All-Stars 16 - DAMN. - Kendrick Lamar 17 - Far from Over- Vijay Iyer Sextet 18 - Love in Time of Madness - José James 19 - Orelha Negra - Orelha Negra 20 - Ctrl - SZA
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