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A mostrar mensagens de janeiro, 2006

33 1/3

O estupendo ovo de Colombo da série de livros de bolso com ensaios/críticas a álbuns mais ou menos «««««históricos»»»»» tem mais 21 (!) volumes na calha (informação sacada do blog do inventor da série editada pela Continuumm, David Barker). Olhando para os escritores convocados, dá para ir ganhando especial curiosidade pelos tomos relativos a Pretty Hate Machine (por Daphne Carr), Use Your Illusion (Eric Weisbard), 20 Jazz Funk Greats (Drew Daniel), The Dreaming (Ann Powers) e Another Green World (Geeta Dayal).

Blitz 1109

Hoje nas bancas: Cantinho Luso com SiNai e Mantra. Artigo sobre as mudanças na natureza das editoras discográficas. Reportagem do concerto de Murcof no Passos Manuel.

Bruce Benderson

Acaba de ser publicado o seu novo livro The Romanian: Story of an Obsession. Ao ler a resenha de Joy Press no Village Voice fica a imaginar-se um livro de enorme fôlego e um argumento cinematográfico à espera de ser alinhavado.

Vinil & MP3

«The future, perhaps, is vinyl in association with download» , escreve o Paul Morley no último Observer Music Monthly . Há coisa de três anos, em editorial na antiga Voz do Povo do Blitz, disse exactamente o mesmo. Porventura puro wishful thinking, mas não forçosamente impossível.

Time Out

Em visita relâmpago a Londres comprei a Time Out. O assunto central são os «future sounds of London». Isto é, umas quantas apostas em nomes novos da capital que podem ou não marcar a memória de 2006. Eles são: The Feeling (single Sewn em 27 de Fevereiro; álbum de estreia em Maio), Matt Willis (primeiro single em Maio, primeiro álbum em Agosto), Sway (álbum This Is My Demo a 6 de Fevereiro), Mystery Jets (novo single The Boy Who Ran Away a 27 de Fevereiro, álbum de estreia Making Dens a 9 de Março), The Boy Least Likely To (single Be Gentle With Me a 27 de Fevereiro), Plan B (single No Good/ Sick 2 Def saiu em Dezembro), Andrew McCormack (álbum Telescope a 20 de Março), Guillemots (álbum de estreia em Junho), e New Young Pony Club (single Hey Kid a 6 de Março). E ainda: Jeremy Warmsley , M Craft , The Early Years , Doloroso , Captain , Semi-Finalists , Klashnekoff , GoodBooks , Boy Kill Boy .

1988

Noite de São João > Blitz > Bizz > LP > Expresso > O Independente > A melhor Primavera, a última Primavera antes de > Uma gata bebé à minha porta > The best time (so far), the strangest time (so far) > Time to move on... OS ++ DE 1988 ‘33 1 – Viva Hate – Morrissey 2 – Surfer Rosa – Pixies 3 – Lovesexy – Prince 4 – Nothing’s Shocking – Jane’s Addiction 5 – Drum – Hugo Largo 6 – Isn’t Anything – My Bloody Valentine 7 – Bummed – Happy Mondays 8 – 16 Lovers Lane – The Go Betweens 9 – It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back – Public Enemy 10 – Daydream Nation – Sonic Youth 11 – Tender Prey – Nick Cave and the Bad Seeds 12 – Follow the Leader – Eric B & Rakim 13 – Introspective – Pet Shop Boys 14 – From Langley Park to Memphis – Prefab Sprout 15 – 69 – A.R. Kane 16 – Life’s Too Good – The Sugarcubes 17 – The Stars We Are – Marc Almond 18 – You Must Be Certain of the Devil – Diamanda Galás 19 – Love from Lead City – World Domination Enterprises 20 – Instin...

São Francisco

O que é que é preciso fazer para o convencer a começar a escrever livros/ diários de viagens? Um abaixo-assinado? Posso começá-lo? Onde é que assino?

BKC

Afinal eles estão todos aqui .

Dubstep

Artigo de Martin Clark sobre Loefah e as noites lobdrinas DMZ e a sua página mensal no Pitchfork , desta vez mais entusiasmada (logo, mais entusiasmante; não que ele não costume sê-lo), juntando-se aos sinais que andam no ar a dizer que 2006 será um ano de ouro para o dubstep; do grime aguardam-se novidades/ surpresas. O texto do Pitchfork tem este parágrafo curiosíssimo: «Sonically, Loefah tunes do sound like an absence of sound, or an absence of form at least. Like a sculptor's mould, the echo patterns of delayed riffs, the black hole foundation of sub bass and the wispy curve of a synth sweep together imply a volume long since removed. Reverb too, so heavily used in dubstep to suggest darkness, replaces a sound with its corresponding echo travelling back through space from vast cavernous walls. It's form by inference not substance» . Hauntology , anyone?

Blitz 1108

Hoje nas bancas: Cantinho Luso com Ianasonic e Frequency. Apostas 2006 (as minhas: M.A.U. , Novembro, Plan B , Plasticman, Skream, Veados Com Fome ). Entrevista com Júlio Isidro e crítica a Os Grandes Êxitos da Febre de Sábado de Manhã. Reportagem do live act de Juliet . Crítica ao DVD Live From London dos Duran Duran .

Shakira

Robert Christgau escreve no Village Voice a justa análise à mais brilhante artista colombiana do planeta etc. Citação/ provocação para efeitos promocionais rumo ao texto: «Allowing for context, Shakira's as big a weirdo as Devenda Banhart, only more talented and more focused». Mais do que óbvio, mas às vezes é necessário sublinhar o óbvio.

Back and Forth

Blog colectivo e aparentemente retrospectivo sobre r&b, funk & etc (o nome, imagino, deve ter vindo dos Cameo), com vários colaboradores a torná-lo dramaticamente recomendável: Tim Finney, Jess Harvell, Andy Kellman, Michaelangelo Matos...

Crack

Hua Hsu em ensaio sobre os 20 anos da chegada do crack às ruas e ao rap, à boleia da edição recente de vários livros sobre a coisa e à sua aparente transformação de realidade tenebrosa em ocorrência histórica «limpa» e, logo, cool à distância.

Hauntology

Simon Reynolds mencionava-o na resenha de 2005 para a Wire e domina os posts mais recentes no seu blog (incluindo uma árvore genealógica e lexical imaginária da coisa). O termo, explica K-Punk , nasceu em tempos da cabeça de Jacques Derrida. Qual o pretexto corrente para a hauntology? Todas as edições da Ghost Box, Ariel Pink, a reapreciação da library music. Mike Powell também escreve sobre o assunto. Ian Penman fixou-se na coisa. Woebot também, e descobre o equivalente visual nos test-cards televisivos. Jon Dale junta-se à discussão/ revelação. Dois é coincidência, três é uma conspiração, etc.

Rock-A-Rolla

Nova revista bimestral de música britânica, com aparentes tendências noise-metal-experimental. Primeiro número com Khanate na capa , à venda via Boomkat .

Música na Twilight Zone

As rubricas fixas são boas parte 2: o Major Eléctrico desenterra música incrivelmente (ou muito razoavelmente) estranha (ou temporariamente esquecida). Já avançou para Princess Tinymeat e Hula .

Posta Doce

As rubricas fixas são boas parte 1: o Ricardo tenciona escrever sobre as canções que hão-de encher pistas de dança.

HQ

Primeira de uma nova remessa de boybands e esta, pela descrição , parece audível: «Off the Wall-meets-Prince-meets-Rock Your Body».

Scott Walker

Ian Penman, sacana de sortudo, já ouviu The Drift, que sai em Março pela 4AD.

Blitz 1107

Hoje nas bancas: Cantinho Luso com Pedro Janela e Smartini. Crítica a Das Mandolinenorchester das Cobra Killer & Kapajkos. Crítica conjunta a Phono '05 e Animal Repetitivo- Música do Out.Fest 2005 .

Expresso 1733

No Actual desta semana, desde ontem nas bancas: Futuros com Chemistry das Girls Aloud .

Simon Reynolds

(Entrevista originalmente publicada em duas partes pelo Blitz em Novembro de 2002. Esta é uma versão mais extensa.) SIMON REYNOLDS – RUIDOSO COMO O FUTURO (I) Simon Reynolds é o mais importante e respeitado crítico musical surgido nos últimos 16 anos. A criatividade da sua escrita e a largueza de vistas com que aborda a paisagem musical colocou-o no sítio certo e no momento certo de quase todas as grandes mutações sonoras da música popular desde o final dos anos 80. Na primeira parte da entrevista com este venerável cidadão britânico sediado em Nova Iorque, fala-se do seu papel na última grande época dourada da imprensa musical, ocorrida a bordo do extinto semanário Melody Maker. As (r)evoluções musicais e a experiência americana relatam-se na próxima semana. Você começou a trabalhar no Melody Maker em meados dos anos 80... Sim. Antes disso, escrevi para uma espécie de fanzine. Nós gostávamos de pensar nela como um jornal pop, embora fosse, de facto, uma revista amadora. Era muito bem...

Arquivo

Um dos principais pretextos que justificaram a criação d'A Vítima Respira? é a possibilidade de arquivar, em local visível e facilmente consultável e eterno q.b., a parte mais digna/ estimada/ relevante/ whatever dos textos que fui/ vou / irei fazendo para jornais, revistas, webzines e bichos mais raros. Ter onze anos de trabalho mais ou menos soterrado em papel amarelado é uma coisa contornável com o mundo www. O arquivamento online de textos meus começa, propositadamente, com uma entrevista com Simon Reynolds. Ele, e o Melody Maker da segunda metade dos 1980s onde ele escrevia, são uma das razões centrais para o que faço e para o que decidi ser. (Se o faço benzito, malzito ou indiferentemente é outra história.) Além disso, fez há pouco 20 anos que ele iniciou o percurso «oficial» de escrita. Onde tal existir e se justificar, optarei por recuperar versões não-editadas (isto é, mais extensas) dos textos. No caso das críticas discográficas, estou a pensar em deixar de fora as pontua...

New York London Paris Munich

O seminal proto-blog colectivo guardado dentro do Freaky Trigger fechou ao mesmo tempo que 2005 (despedidas aqui e aqui ). Nos últimos tempos havia perdido a vitalidade, mas a sua agenda teórica, tal como é condignamente celebrada por Jess Harvell , não deve nunca ser esquecida: "the artists of Smash Hits covered in the style of The Wire, and vice versa."

Formalismo Vs Anti-Formalismo

Esta peça de Ian Penman sobre Terre Thaemlitz é um delírio (de eventual inspiração Burroughsiana) cuja inteligibilidade depende em boa parte do arcaboiço do leitor. Perto do fim, define angularmente as coisas que são absolutamente incontornáveis na existência de qualquer arte: >> >> >> >> >> >> "-the way that a lot of these people talk about their music is really just in terms of this kind of abstract sound-as-sound, something that is removed, or extra-social, super-social... which for me is an ideological front in itself: there is no way to escape the social. . there's nothing natural about computer music - which I like. Because nothing's natural." {Thamelitz quote Não é nada difícil imaginar de que «lado» estou.

Mais Derek Bailey

Este texto de Marcello Carlin já corre pela blogosfera e pelas caixas de correio electrónico, mas só no caso de ainda não terem passado pela prosa definitiva sobre o assunto...

Passado

Em dois capítulos: a Inglaterra parda de há vinte e muitos anos segundo K-Punk e com ponto de partida neste memorial à audição da Unknown Pleasures dos Joy Division (entrada de 13 de Dezembro). E a verosimilhança do passado quando recriada em filme no presente, também por K-Punk.

Blitz 1106

Hoje nas bancas: Cantinho Luso com Basset Hounds e Gritali & Os Tratantes. Entrevista com Matias Aguayo . Crítica às reedições de In the Garden, Sweet Dreams (Are Made of This), Touch, Be Yourself Tonight, Revenge, Savage, We Too Are One e Peace, e à colectânea Ultimate Collection, dos Eurythmics . Crítica à reedição de Vocalcity de Luomo .

As Miúdas do Major

O Major Eléctrico enamorou-se da Rachel Stevens e das Sugababes. Convencê-los a incluir as Girls Aloud no lote deverá ser tarefa mais complicada mas, como qualquer um que ouviu Chemistry ou Sound of the Underground ou What Will the Neighbours Say?, inteiramente apropriada. A questão dos «clichés» é mais melindrosa (não são clichés, é a reestruturação de um cânone de composição pop). Idem aspas para o «embaraçoso flirt com a euro pop trash» - um flirt nunca é embaraçoso, e além disso a euro pop comprou a primeira casa (um belo duplex com vista sobre o mar) vai para 40 anos com o dinheiro ganho com brilho nos Eurofestivais. Neste momento, o mais provável é até que viva num apartamento virtual.

James Blunt

Ouvido à hora do almoço no Cidade do Porto, da mulher na mesa ao meu lado na loja do café para a empregada enquanto You're Beautiful passa na rádio: -Só agora é que me disseram que quem canta isto é um fulano.

The Book of Daniel

Série americana que, nas palavras avisadas de Joy Press (Ms. Simon Reynolds, para os bisbilhoteiros), faz à igreja o que Six Feet Under fez ao negócio funerário e que os Sopranos fizeram à Mafia. Soa bem.

Robert Christgau

Este é um mês tão bom como outro qualquer para chamar a atenção para o Consumer Guide que o Decano da escrita musical escreve para o The Village Voice. Como se pode constatar, só ele devia ter autorização para fazer críticas de uma linha. O Decano escreve sobre os discos que quer, quando quer. Viva o Decano.

2005 @ Blissblog

A revista do ano segundo Simon Reynolds, desta vez infelizmente em versão menos palavrosa e mais, errr, listada. O que lá se encontra e que ainda não ouvi e mais quero ainda ouvir: Duncan Powell, Three 6 Mafia, Vex'd, Kudu, as reedições de David Essex. A confirmação de Ariel Pink como a personagem mais fascinante (a única) da nova freakalhada americana, e um paralelo oportuno entre ele e as metodologias semi-etéreas dos A.R. Kane.

1987

Ano vintage internacional, incluindo o melhor álbum (por acaso duplo) de sempre > Provavelmente o melhor ano discográfico nacional de sempre > Comprar o primeiro Melody Maker: tabacaria no início da 31 de Janeiro, Agosto, capa com Tom Waits; custava uma fortuna e demorei, sei lá, um mês para o ler de uma ponta a outra; nem sei porque comprei o MM em vez do NME (que, creio eu, também lá estava), ou até o Sounds, o Record Mirror, a The Face, a Blitz, a I-D, a Number One...; sei apenas que comprei o MM, e foi a melhor coisa que pude comprar > Na música, no jornalismo e noutras coisas, há um tempo Antes do MM e Depois do MM > Começar a melgar industrialmente a paciência de amigos com gravadores de cassetes em condições > Blitz > Escrita automática numa máquina de escrever Prémios 1987/ Internacional – Álbuns/CDs 1 – Sign o’ the Times – Prince 2 – The Young Gods – The Young Gods 3 – Kiss Me Kiss Me Kiss Me – The Cure 4 – Floodland – The Sisters of Mercy 5 – Substance – New...

Carlos Cáceres Monteiro

Soube da sua morte ontem, por coincidência numa das minhas pontuais passagens pelo quartel-general do Blitz. Ou seja, basicamente na porta ao lado da Visão, a revista com que ele trouxe o espírito d'O Jornal para uma era moderna. O Pedro explica bem o que ele significa para muita gente que ganha ou gostava de ganhar a vida a fazer jornalismo. O resto pode ser lido nos elogios fúnebres nos jornais de hoje.

A New Order

Outro blog que acabo de conhecer. Apesar de ser de um benfiquista e de escolhas discográficas quase todas francamente bem lá no fundo das minhas prioridades, sabe escrever, deixa que a escrita se meta com a música e que a música se enfie pela escrita adentro, sem espírito canónico. Também para manter sob vigilância.

Dancing Fish

O blog do Ricardo Raínho nasceu com o ano novo. Para já tem uma lista (grande) das existências de 2005. A manter sob vigilância.

Blitz 1105

Desde ontem nas bancas: Cantinho Luso com Jesus Trigger e Anonymous Souls. Entrevista com Annie e crítica ao seu DJ-Kicks. Crítica a Analogue dos A-Ha , e a The Best of Snoop Dogg de Snoop Dogg .

Novo Jornalismo

Marc Weingarten escreveu From Hipsters to Gonzo: How New Journalism Rewrote the World . Soa bem.

The Whole Equation: A History of Hollywood

Já saiu há quase um ano mas só agora tomei conhecimento da sua existência. David Thomson escreve maravilhosamente, e quem desejar ter um compêndio de cinema interpretado para papel dificilmente arranjará melhor do que isto .

2005 @ Popjustice

O melhor webzine do mundo publica as escolhas dos leitores. Girls Aloud, Sugababes & Rachel Stevens (e Will Young, que tenho definitivamente de ouvir) legislam, naturalmente.

Woody Allen

Michael Atkinson, no Village Voice, trata Match Point como uma «mildly pretentious mediocrity».

2005 @ Seattle Weekly

Mais formas criativas de publicar balanços musicais em papel: A equipa de colaboradores escolhe, queima e comenta o alinhamento das suas mix-tapes 05 , e elabora uma compilação em duplo CD com uma amostra da melhor música saída da cidade Starbucks/Microsoft nos últimos 12 meses, com citações de quase todos os autores . Opções editoriais que misturam imaginação qb a diversidade e vontade irreprimível de ouvir e dar a conhecer música. E noto hoje que o Seattle Weekly tem site com visual renovado - os primeiros efeitos da fusão da Village Voice Media com a New Times. O anterior podia não ter grandes requintes visuais mas era soberbamente navegável e legível (que é suposto ser o objectivo principal tanto das versões online de publicações em papel como das próprioas publicações online, digo eu). Que este siga o mesmo rumo.