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A mostrar mensagens de 2016

Ovos de dragão

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Vi Dofus - O Filme e escrevo umas coisas sobre o assunto na Time Out Lisboa de hoje.

Douradinho

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Na Time Out Porto de Setembro, já nas bancas, lê-se a minha entrevista com Sofia Barbosa, aliás SofiaBBeauty; e uma refinadíssima selecção dos filmes mais hmmmm a estrear em sala ao longo do mês.

Temi Dollface - Beep Beep

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Play 5/16 > Jazz age.

Lady Leshurr - Where Are You Now? ft. Wiley

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Play 4/16 > United colours.

Nadia Rose - Skwod

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Play 3/16 > Irmãs.

HyunA(현아) - '어때? (How's this?)'

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Play 2/16 > Make some noise.

Tiwa Savage - If I Start To Talk ft. Dr. Sid

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Play 1/16 > Nigéria.

A sério

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Axwell /\ Ingrosso

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Cerveja, EDM e um acento circunflexo A derradeira Where’s the Party? de 2015 abriga-se na Meo Arena e será uma cavalgada de luzes e bpms comandada por Axwell /\ Ingrosso. Conheça o plano pela mão de Jorge Lopes. Esclareça-se logo à partida a questão que, de outra forma, ficaria a corroer a atenção do leitor: aquele símbolo que liga os nomes dos produtores suecos Axwell e Sebastian Ingrosso, espécie de acento circunflexo avantajado, recria (ou então, quem sabe, gerou) a forma que resulta da união de mãos da dupla, lado a lado, os braços esticados, lá em cima no púlpito das máquinas no palco. Em termos iconográficos, o /\ é uma ideia engenhosa ao nível do ovo de Colombo. Axwell e Ingrosso esticarão de novo os braços, lado a lado, sexta-feira na Meo Arena, em mais um capítulo dos eventos Carlsberg Where’s the Party?, exemplares lusos das olímpicas raves de néon que tomaram conta do circuito mainstream global há coisa de uma década. É o terceiro e último Where’s the Party?

Coldplay

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Coldplay A Head Full of Dreams Parlophone/Warner 3/5 Os Coldplay regressam a um caminho mais familiar, depois do relativo mergulho nas profundezas no invernoso Ghost Stories , de 2014. As 11 canções de A Head Full of Dreams voltam à pop-rock fluorescente e grandiloquente de Mylo Xyloto (2011), a que juntam um ligeiro suplemento electrónico dançável que os Stargate, produtores executivos, devem ter introduzido. Eis os U2ismos do tema-título, com coro de estádio e guitarra de Jonny Buckland via The Edge. Mais o middle of the road brando, para piano e caixa de ritmos, de “Everglow”, com Gwyneth Paltrow na área, uma canção-que-já-se-escreveu-vezes-mais-do-que-suficientes-obrigado. E pensar que este capítulo da carreira dos Coldplay havia começado com “Adventure of a Lifetime”, single coceguento à altura de esforços semelhantes e meritórios dos Maroon 5 e Nickleback, outras bandas rock a exercitar músculos disco-funk. Os desvios ao programa prévio têm resultados diverso

Coisas que definem as coisas

(Via ILX. Em itálico, neilasimpson. No resto, Alex Macpherson. Alex está 200% certo e não, esta discussão não começou hoje, mas convém sublinhar o essencial a intervalos regulares.) the whole axis of let's call it 'avant garde club music' like arca/rabit/lotic/sd laika. even if you're familiar with all the precedents and influences involved (idm, industrial, trance, whatever), it still sounds very 'now' to me because of the way it references and flips the tropes of recent dance music i have no idea how any of these artists are avant garde or "new". and not necessarily because others have done it before, but i don't hear where the freshness is. i think "nowness" is not a specifically definable trait and also shouldn't be confused with "cutting edge" my interest in this topic comes from things like Simon Reynolds' Retromania and Mark Fisher's Ghosts of My life, which discuss the causes and manifestations o

Heidi

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Heidi De Alain Gsponer Alemanha/Suíça, 106 minutos, ver listas 2/5   De longe, o problema principal desta adaptação cinematográfica da história da miúda dos Alpes e do avô, escrita por Johanna Spyri e revelada em 1880, é um problema de Portugal. A versão que cá chega é dobrada, opção tola e redutora mesmo quando bem-feita e no universo abstracto da animação. Esta Heidi é de seres humanos, a produção é alemã e suíça, o cenário da narrativa também, o elenco central idem aspas. Mas o que cá se ouve é português de Lisboa, em que Heidi pergunta pelo “chóriço” e Clara, a amiga em cadeira de rodas cuja família abastada de Frankfurt compra Heidi para lhe fazer companhia, terá uma inusitada costela do Parque das Nações. Uma pena, já que por trás do ruído linguístico absurdo está uma obra bem decente; sem choraminguice; com um elenco de miúdos desempoeirados (Anuk Steffen, a protagonista) e veteranos virtuosos (Bruno Ganz, o avô monossilábico de Heidi); servida por uma fotograf

Enrique Iglesias

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Enrique Iglesias Meo Arena No princípio, Enrique era Martinez e não Iglesias. Mas quer ele quisesse, quer não, o cavalheiro agora com 39 anos sempre foi um privilegiado – porque um background da dimensão do pai Julio nunca pode não ser de algum modo útil quando se opta pelas cantigas; porque cedo se habituou a chamar casa a Miami, capital do interface entre a pop latina e a anglo-americana; e porque ele, Enrique, tem um ror de talento. O caminho que vem percorrendo no showbiz tornou-se familiar: início em meados dos anos 1990 focado no público hispânico, o sucesso a transbordar para o resto do planeta já neste século. E tanto no caso de Enrique Iglesias como de parceiros de rota do calibre de Shakira e Pitbull, tem sido mais um caso da cultura popular de costela anglófona se aproximar do mercado latino (e, pormenor crucial, do afro-latino) do que do movimento contrário. É confirmar domingo, na Meo Arena, num serão onde Mickael Carreira brotará para repetir o dueto em “Ba

Justin Bieber

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Justin Bieber Purpose Def Jam/Universal 3/5 Justin Bieber está mais choramingão, um problema que afecta demasiados adultos. Por isso, esclareça-se já que os singles previamente conhecidos, e onde esse defeito está sob controlo, são do melhor que se encontra em Purpose : house tropical em “What Do You Mean?” e “Where Are Ü Now?”, um pouco de dancehall em “Sorry”. A que se junta o mergulho pop-EDM, directo e ortodoxo, em “Children”. Três destas quatro canções têm mão de Skrillex, sem o qual este disco aproximar-se-ia do indigesto. A câmara lenta umas vezes resulta, outras não. Nem é uma questão de excesso de introspecção nocturna, antes da textura, que já está batida, e do ensimesmamento de alguns exemplares. Sabia-se que ter Bieber a sós com uma guitarra é pretexto para a lamúria porque já houve um álbum inteiro disso, Believe Acoustic , em 2013, o que prepara o ouvinte para a dolência de “Love Yourself”. “The Feeling” é um refrão à procura de uma canção, a interpre

Krampus: O Lado Negro do Natal

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Krampus: O Lado Negro do Natal De Michael Dougherty EUA, 98 minutos 3/5 O Lado Negro do Natal não será bem o que se imagina. Pode ter aparência de filme de terror mas não há uma cena de sadismo e sangue e membros cortados. Pode ter o punhado de valores cristãos que vêm à tona na quadra a nortear alguma moral do enredo mas Krampus, a figura meio humana, meio bode, que baixa sobre uma família desavinda nas vésperas de Natal, tem prováveis raízes em tradições pagãs germânicas (e os duendes que o servem também nada possuem de católico). Pode ter um elenco que vai tombando ao longo da acção como mandam as convenções terroríficas, mas o final troca as voltas e planta vestígios lynchianos. A tempestade de neve impiedosa que prende a abonada família de Tom (Adam Scott) e Sarah (Toni Collette) em casa, numa difícil partilha de espaço com a pouco supo rtável prole white trash de Howard (David Koechner) e Linda (Allison Tollman), irmã de Sarah, gela até o ecrã. A luz pálida do

Anacleto: Agente Secreto

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Anacleto: Agente Secreto De Javier Ruiz Caldera Espanha, 87 minutos 2/5 Este filme de espiões em regime hereditário tem qualquer coisa de Quentin Tarantino no gozo quase infantil como brinca com códigos de género cinematográficos e na forma casual como introduz pormenores de violência extrema. E também tem algo do Pedro Almodóvar dos diálogos de elevado ritmo e no humor que, tal como a violência, sai quase como quem respira, além de pelo menos dois actores emblemáticos do re alizador de Saltos Altos , Rossy de Palma e Carlos Areces. Areces é Vázques, criminoso em fuga, obcecado com a eliminação de Anacleto (Imanol Arias), o agente veterano que o despachou para 30 anos de prisão. Já de Palma aparece fugazmente na pele de informadora de Vázquez e mãe de Katia (Alexandra Jiménez), a médica que está fartinha da relação com Adolfo (Quim Gutiérrez). Adolfo é uma mosca morta, vigilante nocturno e adepto de vegetar no sofá e achar que o mundo lhe deve uma vida. Mas Adolfo tamb

A Tribe Called Quest

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A Tribe Called Quest People’s Instinctive Travels and the Paths of Rhythm Zomba/Sony Music 5/5 No vívido texto no livreto desta reedição, Harry Allen (“Hip-Hop Activist & Media Assassin”, é o que ele é) sublinha o quanto de Nova Iorque existe neste álbum de estreia dos A Tribe Called Quest lançado há 25 anos. Um álbum de quatro rapazes de Jamaica, Queens, crescidos nos anos 1970, que aqui trilham uma viagem de 14 canções que suplantam códigos de género musical. O paradigma em People’s… é, até certo ponto, novo. Há afinidades com as outras bandas do movimento Native Tongues (Jungle Brothers e De La Soul, ambos com música de monta saída antes de 1990) mas isto é outra coisa: os A Tribe Called Quest vêm da ala mais minimal e vidrada nas minúcias do ritmo. As canções de Jarobi White, Ali Shaheed Muhammad, Phife Dawg e Q-Tip são lúdicas, fluídas, articuladas de pensamento e politicamente correctas na melhor acepção do termo, abertas, inteligentes, humoradas, quente