Anna Calvi

Toda a verdade sobre o primeiro hype idiota do ano (correcção: segundo, logo após James Blake, e imediatamente antes - receio meu - do Tyler não sei quê e daquilo do Odd Future), nas palavras de Simon Price:

It's the sort of showy shtick you'd expect from someone busking at Covent Garden, fighting with the silver-painted statue mimes for tourists' spare change. Instead, she's somehow been hand-picked by Interpol, Arctic Monkeys and Nick Cave as a support act, received the patronage of Gucci, Vogue and Lagerfeld (those cheekbones probably helped), and been described by none other than Brian Eno as "the biggest thing since Patti Smith".

Citação tirada daqui. Mas Brian Eno tem uma certa razão: pode-se perfeitamente metê-la no mesmo saco de Patti Smith e despachar ambas para o esquecimento. E não há como negar que ela e os nomes que a têm escolhido para concerto de abertura foram feitos uns para os outros.

Comentários

Beep Beep disse…
Pois...agora se calhar o Nick Cave e a Patti Smith são indies, queres ver?

Para mim já chega. Já não és o JML que interessava ler. Aquele que ensinava a gostar de muita coisa e que me ensinou a gostar de pop. Tens todo o direito à tua opinião, mas para mim tornaste-te um extremista a um nível que nem a Popjustice é. Se não me interessam os extremistas do lado indie, tb não me interessam os do outro lado.

Outros se quiserem que continuem a vir cá. Eu vou-me. Fica bem.
Jorge Lopes disse…
Não escrevi que o NC e a PS são indies. Embora a relação entre isso tudo seja perfeitamente aberta a discussão.

As pessoas mudam, Nuno. Tudo muda. Um abraço.
Gravilha disse…
Olá! em relação á Anna Calvi, de acordo, parece-me um bluff bem embrulhado. Em relação ao indie, já toda a gente notou a enorme animosidade contra, uma especie de odio de estimação que tem vindo em crescendo. Parece-me mais positivo usar o tempo, sempre escasso, naquilo que interessa.
abraço,
Jorge Lopes disse…
Sublinhar o negativo com uma certa regularidade, nem que seja para dar às coisas aquilo a que em fotografia se denomina de contraste, é uma coisa... positiva. :-)
Mas, mais uma vez, não é a questão indie que está em causa no post original. Além disso, "ódio" é um sentimento demasiado visceral, físico e extremo para que eu o aplique a questões de estética ou de política editorial
Ricardo disse…
No meio disto tudo, apenas uma coisa me merece reparo. É curioso que o Simon Price (e tu) diga o que diga, tendo em conta que eu até vejo uns quantos pontos de contacto entre a Anna Calvi e a Marina Diamandis. Ao nível da voz, então, as semelhanças parecem-me óbvias.
Ora, eu lembro-me perfeitamente que ele (e tu) elogiaram-na, enquanto a Calvi é corrida quase a pontapé - como costumam ser os pedintes que ele cita, curiosamente.
Posto isto, podem continuar.

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