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A mostrar mensagens de junho, 2010

Drake - "Find Your Love"

Kelly Rowland ft. David Guetta - "Commander"

Vybz Cartel ft. Popcaan & Gaza Slim - "Clarks"

Martin Solveig & Dragonette - "Hello"

Kylie Minogue - "Heartstrings"

Tinchy Stryder - "In My System"

Enrique Iglesias ft. Pitbull - "I Like It"

Miley Cyrus - "Can't Be Tamed"

Roll Deep - "Green Light"

Scissor Sisters - "All the Lovers"

Dizzee Rascal & James Corden - "Shout for England"

Kelis - "4th of July (Fireworks)"

Monarchy - "The Phoenix Alive"

Kylie Minogue - "All the Lovers (Fear of Tigers Remix)"

Kylie Minogue - All The Lovers (Fear of Tigers Mix) by Popjustice

Toni Braxton - "Hands Tied"

Magnetic Man - "I Need Air"

R. Kelly - "When a Woman Loves"

Nina Kraviz - "I'm Gonna Get You"

Fantasia - "Bittersweet"

James Yuill - "On Your Own"

On Your Own (Radio Edit) by James Yuill

Prince - "Hot Summer"

Hot Summer www.pinboardblog.com by PinBoardBlog.com

Lloyd Banks ft. Juelz Santana - "Beamer, Benz, or Bentley"

Scissor Sisters - "Fire With Fire"

Katie Melua - "The Flood"

Lady Gaga - "Alejandro"

Eminem ft. Lil Wayne - "No Love"

Rufus Wainwright

Publicado na Time Out Porto de Maio: Rufus Wainwright Coliseu Quinta-feira 6, ver listas Esta deve ser a digressão mais barata e portátil da década e meia de carreira de Rufus Wainwright. No palco do Coliseu só haverá ele, Rufus, e um piano – de cauda, supõe-se. O pretexto para a vinda do músico canadiano é um disco, atípico no seu percurso, de seu nome All Days Are Nights: Songs for Lulu e disponível desde Abril. O álbum foi arquitectado durante as derradeiras oscilações de saúde e morte (em Janeiro de 2010) da mãe de Rufus Wainwright, a cantora folk Kate McGarrigle. Tudo isso tem relação directa com o que se ouve em All Days Are Nights, onde um tom outonal e solitário domina as 12 faixas, mesmo que as canções dancem entre a melancolia e alguns instantes de quase exaltação. Ao limitar o acompanhamento instrumental a um piano, Rufus deixa a sua voz mais exposta, o que parece tê-lo “obrigado” a adoptar um tom marginalmente menos afectado do que é hábito – uma bênção para quem é

Usher

Publicado em Abril na Time Out Lisboa: Usher Raymond v. Raymond Jive/Sony **** Não, Usher Raymond IV não foi flagelado pela esquizofrenia: o título do seu sexto álbum é uma alusão dois-em-um ao filme Kramer Contra Kramer e ao processo de divórcio em curso do mestre do r&b e da estilista Tameka Foster. As 14 canções que o CD contém seguem então, e com certa lógica, por picos e vales emocionais. Por slow jams sensuais ou solitárias, como “There Goes My Baby” e “Papers”. Por exultações para automóvel e clube como “She Don’t Know” (com Ludacris) e “OMG” (de e com Will.I.Am, single de Verão). E depois há um prodígio minimal-imperial chamado “Lil Freak”, onde Nicki Minaj (2010 será dela) brilha por breves versos e o produtor Pollow da Don dá uso de mestre a um sample de Stevie Wonder. Sozinho, “Lil Freak” já garantiria a excelência deste álbum.

Margaret Atwood - O Assassino Cego

Publicado em Abril na Time Out Lisboa: O Assassino Cego **** Margaret Atwood Bertrand É praticamente impossível sentir empatia pelas personagens que passam por O Assassino Cego. No máximo, fica-se com uma certa pena. Há uma distância, presume-se que deliberada, entre quem lê e a misturada de famílias privilegiadas, revolucionários profissionais e criadagem de aldeia que dá corpo a este admirável livro de Margaret Atwood que lhe valeu o Booker Prize em 2000. As primeiras páginas (primeiras, mas muitas) de O Assassino Cego são um espantoso fogo cruzado de fios narrativos dentro de fios narrativos (a comparação com uma matrioska é justa e comum nas recensões ao livro) que pede em troca tempo, atenção, disponibilidade. O enredo-farol é o da vida de Iris Chase Griffen e das suas origens numa família da província, abastada graças à indústria dos botões. Um enredo que começa ainda no século XIX mas que se concentra sobretudo no período entre as duas guerras mundiais, resolvendo-se no

Deniz Kurtel - "Yeah"

Pedro Abrunhosa - Entrevista

Publicado na Time Out Porto de Abril, e na Time Out Lisboa em Abril: Em Directo da Carrinha de Exteriores Pedro Abrunhosa trocou os Bandemónio pelo Comité Caviar e fez-se à estrada – na América. Jorge Manuel Lopes ouviu as histórias por trás de Longe Quase tudo em Longe, da capa a várias canções, tem a ver com o imaginário americano da estrada que atravessa o deserto… Sim, mas também tem a ver com a ruptura total e radical que fiz em termos de músicos e de estrutura técnica. Andei 16 anos sempre com os mesmos músicos e técnicos; 16 anos de vida discográfica, porque alguns até mais. E depois há uma espécie de retorno às origens do gospel. Um retorno ainda um bocado mais telúrico do que no Viagens, porque no Viagens há ali um funk e r&b. Quando era miúdo ouvia muito, mas mesmo muito gospel. Gospel puro, da Mahalia Jackson, Golden Gate Quartet… Os meus pais tinham uma formação muito ecléctica para a altura. Não era muito comum um branco europeu ter em casa discos de gospel –

Diddy - Dirty Money ft. T.I., Rick Ross - "Hello Good Morning"

David Byrne & Fatboy Slim

Publicado em Março na Time Out Lisboa: David Byrne & Fatboy Slim Here Lies Love Nonesuch/Warner **** Imelda Marcos é a viúva de Ferdinand Marcos, presidente das Filipinas entre 1965 e 1986. Nos anos 70, Imelda costumava ser vista a dançar no clube nova-iorquino Studio 54, santuário de celebridades e do disco-sound, com o elenco que rodeava Andy Warhol. No seu túmulo, Imelda Marcos fez saber que quer que seja inscrita a frase “Here Lies Love”. Foi esta combinação de dados biográficos que levou David Byrne a levantar um projecto onde desse para expressar um fascínio pelo que ele descreve como “a teatralidade dos mundos insulados dos ricos e poderosos”. E tomou também a grata e adequada decisão de fazer de Here Lies Love um musical portátil, encenável em discotecas. Para contar por canções a vida de Imelda Marcos (e da relação com uma ama fictícia, Estrella Cumpas), Byrne tomou a segunda grata e adequada decisão de se juntar a Fatboy Slim (Norman Cook), cujo contributo para

Eminem ft. Pink - "Won't Back Down"

Nivea - "Love Hurts"

Kylie Minogue - "All the Lovers"

Marina & the Diamonds

Publicado em Março na Time Out Lisboa: Marina & the Diamonds The Family Jewels 679/Warner *** Marina tem uma relação de afecto-desafecto com a cultura pop. O que ela faz é, no essencial, pop. É certo que é pop que gosta de empregar dez ideias no espaço onde seria mais adequado ter só seis ou sete (chame-se-lhe pop prog), e que por isso há momentos em The Family Jewels em que se sente um certo engarrafamento de tiques mas, no final do dia, isto que aqui se ouve tem o sabor inconfundível da pop. E depois há “Hollywood”, uma das faixas mais lineares de um disco de canções ambiciosas e nervosas, e que resume o conflito de Marina com o mainstream num verso: “I’m obsessed with the mess that’s America”. The Family Jewels usa produção e equipamento de 2010 para revolver com imaginação em pistas deixadas pela new wave, glam e synthpop. O seu canto é 60% de Lene Lovich e Sinead O’Connor para 40% de Kate Bush.

Spandau Ballet

Publicado em Março no Actual do Expresso: Gold: The Best of Spandau Ballet Spandau Ballet CD + DVD EMI Os primeiros anos da banda dos irmãos Gary e Martin Kemp foram os melhores, com canções que davam corpo à sofisticação e glamour faça-você-mesmo que faziam vibrar clubes londrinos no final dos anos 70 e princípio dos 80. Canções como ‘Chant No.1’ e ‘Paint Me Down’ foram decisivas a empurrar o neo-romantismo do submundo do Soho para o centro da cultura pop. O melhor dos Spandau Ballet é funk branco-mais-branco-não-há; é um guarda-roupa de uma elegância exuberante, continental/ colonial; é a voz de crooner da estiva de Tony Hadley; são guitarras e uma postura o mais alegremente anti-rock e anti-raízes que se possa imaginar. O melhor dos Spandau Ballet são canções como ‘Instinction’, ‘To Cut a Long Story Short’ e ‘The Freeze’, e escutá-las a esta distância (e também ver os respectivos telediscos, operação facilitada por esta compilação) é perceber como elas inventam, literalmente,

Dick Dale/ The Sonics

Publicado na Time Out Porto de Abril: Dick Dale/ The Sonics Casa da Música, Sábado 10 A referência é óbvia e recorrente mas não dá para contornar: o segundo fôlego da carreira do guitarrista americano Dick Dale deve muito, muitíssimo, ao uso que Quentin Tarantino deu ao incendiário “Misirlou” em Pulp Fiction, em 1994. Dale saiu de cena ainda nos anos 60 e o regresso, nos 80s, não foi exactamente estratosférico, mas o pós-94 tem dado ao músico o merecido reconhecimento global. Enquanto os Beach Boys pegaram na simbologia do surf e a transportaram para o grande palco pop, Dick Dale acoplou esse mesmo imaginário à sua guitarra Fender e, dessa forma, ofereceu uma via nova ao rock. Com a eventual vantagem de Dale ser um surfista encartado, ao contrário dos Beach Boys (exceptuando o falecido Dennis Wilson). O som vertiginoso que então inventou é o mesmo som que ele continua a mostrar aos 72 anos, e que vai apresentar pela primeira vez em Portugal na sessão de Abril do Clubbing Optimu

João Loureiro

Publicado na Time Out Porto de Abril: Já foi campeão de futebol e fez da pop mais moderna dos anos 1980 e 90, mas será o seu plano de ataque ao mundo de aventuras suficiente para chegar à nota máxima? 1> Que grupo lançou o ano passado uma versão de “Irreal Social”? Sei que tem uma voz feminina… Até tive que dar anuência como autor, mas neste momento não me recordo do nome do grupo. Peço desculpa pela indelicadeza. É sempre simpático haver alguém que se lembre de fazer versões de músicas nossas, mas neste momento deu-me uma branca. Chamam-se Seda? Exacto! Não tenho a certeza, mas acho que é a única versão editada de um tema dos Ban. Se gostei? Sim… O gosto é subjectivo por natureza. Eu não faria assim, mas por isso é que é uma versão. Está razoavelmente conseguida. Aceito que haja um grupo que faça aquela abordagem. 2> Como se chamava o tema no lado b do single dos Bananas [primeiro nome dos Ban], “Identidade”, de 1983? “Virgens-Impulsos”. 3> Que canção fecha o álbum

Pedro Abrunhosa

Publicado na Time Out Porto de Abril: Pedro Abrunhosa & Comité Caviar Longe Universal **** Longe transforma um desejo em facto: o de que o álbum anterior de Pedro Abrunhosa, Luz, saído em 2007, e pese as suas virtudes, era o som de uma linha a chegar ao fim. Na verdade, à beira de Longe, Luz era um sótão sombrio e melancólico. Se a ideia era de ruptura, Longe consegue-o em boa parte. Longe voa para a música da América com um afinco que não acontecia por estes lados desde a estreia dos Bandemónio em Viagens. Mesmo que o voo de Longe tenha como destino, não o funk à Prince de Viagens (embora “Durante Toda a Noite”, com os metais ziguezagueantes e a jovial conversa de sedução, não soasse deslocado no álbum de 1994), antes o rock empoeirado de intermináveis e mitológicas estradas em campo aberto, sob um tecto de gospel, rhythm’n’blues e soul dos primórdios. O som é meio nostálgico mas suficientemente pop para não se atolar em reaccionarismos retro. Um som compacto onde a re

Mind da Gap - Entrevista

Publicado na Time Out Porto de Abril: O que acontece no hip-hop quando já se passou dos 30 anos e a vida é mais do que festas ao fins-de-semana? No caso dos Mind da Gap a solução é assegurar A Essência. O álbum chega no dia 26. Sendo este o vosso primeiro álbum de originais em quatro anos, ele parece dizer, “Isto é o que sempre fizemos. Não se esqueçam de nós”. Era isto que queriam fazer passar? Serial: Não é bem dessa forma. Presto: É, mas acabou por ficar assim. Acho que havia uma noção de que não íamos fazer as coisas como no Edição Ilimitada [último disco de material novo, de 2006]. Queríamos simplificar, ser mais objectivos e talvez menos experimentais, e quando estávamos a trabalhar no disco começámos a ter a consciência de que as coisas estavam mesmo a soar dessa forma. Fizemos as músicas muito rapidamente. O Serial, como de costume, apresentou-nos os beats, e depois as letras foram escritas no espaço de alguns meses. Nesse sentido, foi um álbum rápido e muito fácil de cr

Mind da Gap

Publicado na Time Out Porto de Abril: Mind da Gap A Essência Meifumado *** Os últimos upgrades no hip-hop não impressionam os Mind da Gap. Numa situação dessas, não falta quem se espalhe ao comprido fazendo discos tipo regresso-às-origens. Felizmente, não é por aí que A Essência vai. A Essência é muitas vezes um álbum abertamente contemplativo, com uma retórica em algumas faixas a rondar o zen. Um álbum de pessoas adultas que depuram virtudes e seguem um caminho individual. Virtudes como as que possui Serial, de fazer nascer copiosas orquestras funk e secções rítmicas que nadam em groove. Os temas mais introspectivos arrefecem o miolo d’A Essência, pelo que convém dedicar especial atenção ao início (com “Só pra Ti”) e ao último terço (“Hoje Faço a Festa”, “A Essência”, “Marcas”, “Abre os Olhos”). São momentos cool, alegremente r&b, pop.

Sensational & Spectre

Publicado na Time Out Porto de Abril: Sensational & Spectre Plano B Quinta-feira 15, ver listas Sensational é uma daquelas personagens bizarras que brotam de vez em quando do underground hip-hop americano. Daquelas cujo manifesto criativo consiste, em primeiro e segundo e terceiro lugar, em trocar as voltas aos hemisférios cerebrais do ouvinte. Qualquer recurso serve para o conseguirem, mas é costume darem preferência à sujidade e “imperfeição” dos sons alcunhados de “baixa fidelidade”. Sensational até consegue sacar um lote razoável desses truques, mas é tamanho o esforço para ser anti-pop que o repertório acaba por ter muito menos graça e criatividade consequente do que aquilo que ele imagina e que podia, de facto, ter. É, se se quiser, uma espécie de equivalente indie-vanguardista do hip-hop. Em miúdo, Sensational ainda passou pelos Jungle Brothers, mas nos meados de 1990 ele vai parar à editora nova-iorquina WordSound, o local perfeito para as suas elucubrações estétic

Lisa Germano + Philip Selway

Publicado na Time Out Porto de Abril: Lisa Germano + Philip Selway Casa da Música – Sala 2 Domingo 7, ver listas Ela é uma cantautora razoavelmente idiossincrática e de carreira já longa. Ele é o membro mais discreto (e mais careca) dos Radiohead. Precisaram de voar até ao outro lado do planeta (tradução: Nova Zelândia) para se conhecerem. A americana Lisa Germano e o britânico Philip Selway integraram o elenco de 7 Worlds Collide, projecto de beneficência criado por Tim Finn, dos Crowded House, com dois discos publicados e feito de múltiplas colaborações entre um grande leque de músicos – além dos já mencionados, também houve Johnny Marr, Eddie Vedder, Jeff Tweedy, KT Tunstall & etc. E se Lisa Germano já tem uma considerável discografia em nome próprio (Magic Neighbor, o álbum mais recente, é do ano passado e é também o pretexto mais directo para o concerto na Casa da Música), Philip Selway prepara-se agora para lançar o seu primeiro álbum longe dos Radiohead. Um álbum qu

Maria de Medeiros

Publicado na Time Out Porto de Abril: Maria de Medeiros Auditório Municipal de Gaia, Segunda-feira 3 Há dois anos, Maria de Medeiros acrescentou a gravação de discos a uma lista de afazeres que incluía a representação em cinema, teatro e televisão, além da realização. O álbum de estreia tinha um nome em inglês meio enganador (A Little More Blue), já que era integralmente preenchido por repertório de autores brasileiros, Chico Buarque e Caetano Veloso (autor do tema-título) à cabeça. Um lote de canções registado em formato acústico e intimista q.b., que a levou em digressão pela Europa do sul, África e Brasil, e parece que foi a partir dessas viagens que surgiram as sementes de Penínsulas e Continentes, disco acabado de sair e pretexto para esta actuação em Gaia. Penínsulas e Continentes repete o recolhido ambiente sonoro do CD anterior, mas as fontes do repertório alargam-se em latitude e longitude, arriscando misturar cantigas em português, espanhol, italiano ou inglês. O resu