Dizzee Rascal

Publicado em Novembro no Actual do Expresso:


Tongue N’ Cheek
Dizzee Rascal
Dirtee Stank

Dizzee Rascal, génio encartado, já pouco ou nada quer do grime. Do género saído das ruas de Londres para a vanguarda musical desta década há neste seu quarto álbum pouco mais do que a métrica e o sotaque britânico aplicados ao rap e a sua incrível voz simultaneamente chorosa, inane (elogio) e poderosa. “Tongue N’ Cheek” é um tratado para pistas de dança onde cada faixa forma o seu próprio universo. Abre com um momento de transcendência chamado ‘Bonkers’, menos de três minutos de um ataque concertado à coluna vertebral e ao cérebro, mais uma experiência neurológica do que uma canção, produzida por Armand Van Helden, experiente produtor americano de house, electro e garage que assim arranja uma merecida e inesperada via para regressar ao topo das tabelas de vendas. ‘Dirty Cash’ opera um flashback até à era em que a pop ia para a cama com o acid house, e os singles ‘Dance Wiv Me’ e ‘Holiday’, ambos com o arquitecto pop Calvin Harris, são promessas de hedonismo e verões que não acabam.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

2017 em discos