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A mostrar mensagens de novembro, 2009

Olha o Passarinho

Esqueci-me de avisar que há já algum tempo que, de vez em quando, escrevo umas coisas aqui .

Hurts - "Wonderful Life"

Uma recomendação certeira do Pedro .

2004

A transcrição das minhas listas de discos do ano congelou lá por Fevereiro, no ano 2003. Recomeço, a ver se aqui coloco todas antes do final de 2009. DISCOS DO ANO – 2004 – INTERNACIONAL 1-A Grand Don’t Come for Free – The Streets 2-Showtime – Dizzee Rascal 3-The College Dropout – Kanye West 4-Last Exit – Junior Boys 5-Liars – Todd Rundrgen 6-Anniemal – Annie 7-Seadrum/ House of Sun – Boredoms 8-Calling Out of Context – Arthur Russell 9-Rio Baile Funk: Favela Booty Beats – V.A. 10-Love Angel Music Baby – Gwen Stefani 11-Treddin’ on Thin Ice – Wiley 12-Unreleased Dubs 94-96 – Remarc 13-Backstroke – Matthew Dear 14-What Will the Neighbours Say? – Girls Aloud 15-Venice – Fennesz 16-Kompakt 100 – V.A. 17-Franz Ferdinand – Franz Ferdinand 18-Compilation #2 – V.A. 19-Greatest Hits – Goldie Lookin Chain 20-Amunition V.A. 21-High – The Blue Nile 22-Scissor Sisters – Scissor Sisters 23-Here Comes Love – Superpitcher 24-Louden Up Now - !!! 25 – Grime – V.A. 26-Thé a

Time Out 113

Muse Melhor concerto da década em Lisboa: Xutos & Pontapés no Restelo Setembro de 2009, Estádio do Restelo. Os patrões do rock português sopram 30 velas com um concerto grande. Mesmo grande. Para o júri da Time Out, foi o espectáculo que pôs a cereja no topo de uma década pejada de música ao vivo Concerto de estádio encabeçado por uma banda portuguesa é uma raridade. Uma raridade ditada pelo bom senso económico. Porque quanto maior for o palco e o teatro, mais notório será o eventual falhanço. Mas se a operação resulta, se a casa enche e o espectáculo e as canções estão à altura (e largura, e profundidade…) da ousadia, o resultado entra para a história. Assim foi nos anos 90 com os GNR, e assim volta a ser na década dos zeros com os Xutos & Pontapés. Um bom número dos nomes consultados pela Time Out para esta eleição não esqueceu a data e o lugar: 26 de Setembro de 2009, Estádio do Restelo. Foi nessa noite que se atingiu a apoteose nas comemorações dos 30 anos de carre

When the Bomb Takes Over

Acho que não estou a ficar maluco ao notar uma certa semelhança entre esta versão dos Saint Etienne, editada em 1995, de um tema dos Television Personalities , e este glorioso hit de David Guetta de 2009 . Não estou, pois não?

Kelis - "Acapella"

Róisín Murphy - "Orally Fixated"

David Bowie

Publicado em Novembro no Actual do Expresso: David Bowie David Bowie 2 CD EMI Lançado em 1969, o segundo álbum de David Bowie tem um cadastro de reedições e mutações quase tão intrincado como a carreira do seu criador. “David Bowie” virou “Space Oditty” logo no primeiro relançamento, em 1972, e desde então foi mudando de capa e de alinhamento de cada vez que voltou aos escaparates. A reedição comemorativa dos 40 anos repõe a capa, o título e a sequência originais, e junta-lhe não só um detalhado texto sobre a feitura do disco mas também um fatal segundo CD (curioso mas globalmente dispensável) de versões ‘demo’ e/ou alternativas, sessões para a BBC e material disperso por singles da época. Produzido por Tony Visconti (à excepção de ‘…Oddity’), “David Bowie” lança-se em vários rumos mas já contém momentos em que as idiossincrasias de Bowie brilham intensamente, transtornando o ar do tempo. Esta estranha, ingénua, épica e suja folk psicadélica, britânica até à medula, absorveu a u

Sia - "You've Changed"

Time Out 112

"Amamos" gente que fala ao telefone com a mão na boca "Odiamos" as obras na linha vermelha do metro Vários Mary Anne Hobbs: Wild Angels Planet Mu/Flur A nova compilação da radialista da BBC Radio 1 Mary Anne Hobbs é dominada por uma leva de produtores que cria algo de próprio a partir do que soa a cruzamento das malfeitorias tecnológicas de Aphex Twin com o g-funk arrastado mas quente e penetrante de Dr. Dre, mais doses assinaláveis de electrónica cósmica dos anos 70. A dúzia e meia de nomes em desfile não perfaz um movimento, mas há aqui uma evidente solidez de rumo – mesmo que se esteja a lidar com uma arquitectura elástica nas soluções (e simples de assimilar). Com os sons a ricochetearem no caso de Hudson Mohawke, Architeq e Rustie. Com o zunido dos graves do dubstep à mistura com Brackles, Untold e Starkey. Seria nisto que Aphex Twin estava a pensar quando cunhou a expressão “analogue bubblebath”?

Pet Shop Boys - "It Doesn't Often Snow at Christmas (2009 Mix)"

Moon Wiring Club - "Information Services"

Guido - "Beautiful Complication"

Gary Numan

(texto publicado em Novembro no Actual do Expresso) The Pleasure Principle Gary Numan 2CD Beggars Banquet/Popstock Em “Synth Britannia”, o novo e vital documentário produzido pela BBC sobre a génese da synthpop, há pioneiros de Sheffield (Human League) e Liverpool (OMD) a falar da estupefacção e ressentimento elitista com que, em 1979, assistiram à elevação de um londrino desconhecido (esse mesmo, Numan) a primeira estrela de uma nova forma de música popular verdadeiramente modernista. A synthpop é filha dos Kraftwerk, das selvas de metal e cimento dos livros de J.G. Ballard e dos sintetizadores a preços acessíveis que chegam às ilhas britânicas na segunda metade dos anos 1970, e é com isto que Gary Numan, um tipo reservado, alcança o sonho do estrelato pop. O ano 1979 foi o ano Numan. Primeiro ainda a bordo dos Tubeway Army com “Replicas” e o single ‘Are’Friends’ Electric?’. Depois com “The Pleasure Principle” e as suas dez canções que, dos nomes (‘Airlane’, ‘Complex’, ‘Enginee

Paz na Terra

1 - Hoje à hora do jantar, no Vasco da Gama, a torneira que deita música ambiente passou de uma canção gospel (daquelas que chegam a um apogeu de gritaria e parece que nunca mais acabam) para "Love Will Tear Us Apart" dos Joy Division. Que, por sua vez, abriu caminho a uma versão, também gospel, de "Silent Night", com a voz acanhada de Mariah Carey (acho que era ela) em primeiro plano. Uma pessoa interrompe a refeição e fica a pensar no que é que passou pela cabeça do bicho doente que programa estas coisas. 2 - Atenção a "Bad Romance", o vídeo e a canção de Lady Gaga (link mais abaixo, a poucas mensagens de distância). Vê-se e ouve-se isto e fica-se com a mesma sensação de se estar a assistir a um momento Especial e de Viragem na história da pop com que se ficou ao ver e ouvir "Like a Virgin" de Madonna em 80 e poucos. 3 - Este blogue não perde grande tempo a vaguear pelo passado, mas esta é uma versão de "Chain Reaction", pelos Ste

Alicia Keys - "Try Sleeping With a Broken Heart"

Darkstar - "Aidy's Girl's a Computer"

Time Out 111

Depeche Mode Bass Clef ZdB – Galeria Zé dos Bois Sexta-feira, ver listas Music Box Sábado, ver listas De quinta a domingo decorre o UM 2009 – Festival Internacional de Intermedia Experimental. A segunda edição deste evento gira em torno do conceito de paisagem e abraça arte que aproveita inovações tecnológicas e científicas. Há uma exposição (no armazém ECV Fiat em Santos, onde ficará até 27 deste mês; a inauguração, amanhã às 22.00, tem música ao vivo por Rafael Toral e o Staalplaat Sound System), workshops e debates (ambos na Faculdade de Belas Artes), concertos e performances. O site do festival (www.1um1.net) fornece mais pormenores. O departamento musical tem em primeiro plano Bass Clef, produtor de Bristol que usa o dubstep como ponto de partida. É certo que há um certo tom nerdy em algum do seu material que traz memórias pouco agradáveis do IDM (intelligent dance music – o nome é todo um programa de que apetece manter distância) e da electrónica caseira, epiléptica e

Eric Cartman ft. Kenny & Kyle - "Poker Face"

Lady Gaga - "Dance in the Dark"

McAlmont & Nyman - "Take the Money and Run"

Time Out 110

Megafone 5 David Sylvian David Fonseca Pink Martini

Prefab Sprout

(publicado em Outubro no Actual do Expresso) Prefab Sprout Let’s Change the World With Music Kitchenware Em 1993, e já sem o restante trio ou o influente produtor Thomas Dolby, o génio complicado de Paddy McAloon tirou sozinho da cartola este “Let’s Change the World With Music”, o álbum que devia ter sido o sucessor de “Jordan: The Comeback”, de 1990 – e é precisamente a essa sucessão que soa o disco enfim arrancado aos arquivos. Um disco onde McAloon procura “a transcendência através da música”, como explica num livreto onde sublinha o quanto do seu perfeccionismo e ambição paralisantes se fixam em Brian Wilson e nos seus “abismos subterrâneos de azul”. “Let’s Change…” faz-se de música concebida como gesto arrebatador e místico. Quatro das 11 faixas usam a palavra “music” no título, três empregam “love”, um par delas recorre a “God” e “gospel”. Uma foi acanhadamente intitulada ‘Earth: The Story So Far’. São canções que sabem de facto a 1993, sobretudo pela abundância de sons elect

Xutos & Pontapés

(publicado em Outubro no Actual do Expresso) Ao Vivo ‘88 Xutos & Pontapés 3 CD + DVD Universal A reedição do primeiro álbum de palco dos Xutos & Pontapés é um caso exemplar de como uma obra musical deve ser revista e aumentada. “Ao Vivo ‘88” saiu originalmente no final de 1988 e documenta o fim da digressão que revelou o quarto álbum de inéditos, “88”. Das 19 faixas da edição original de “Ao Vivo ‘88” passou-se para 28 temas em CD, a que se junta um importante DVD com o registo de palco, produzido para a RTP. A remasterização sonora parece imaculada. Já as imagens em vídeo retêm as particularidades técnicas da época e denunciam o desgaste do tempo – tudo coisas boas. “Ao Vivo ‘88” apanha os Xutos consolidando o seu papel de banda cimeira do rock português, depois de um trio de álbuns de antologia (“78-82”, “Cerco” e o best-seller “Circo de Feras”) e do primeiro de muitos discos desiguais, mas sempre com algum tema acrescentável ao cânone (no caso de “88” há ‘Enquanto a Noite Ca