Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2008

Textos @ Time Out Lisboa

O site da Time Out Lisboa ainda não trabalha como devia mas guarda uma data de críticas minhas. Como os arquivos são de acesso complicado, o melhor é seguir pelos links abaixo. - Accelerate dos R.E.M. - The Best of Joy Division dos Joy Division - The Age of the Understatement de The Last Shadow Puppets - Third dos Portishead - Let Your X's Be Y's dos Tetine - Sam Sparro de Sam Sparro - Seeing Sounds dos N.E.R.D.

Nico Muhly

Faço crítica ao álbum Mothertongue de Nico Muhly na Time Out desta semana. O texto está aqui .

Super Furry Animals

(publicado no Blitz em Setembro de 1999) SUPER FURRY ANIMALS GUERRILLA (Creation) A natureza da coisa resume-se no lapidar título da 12ª faixa de Guerrilla , o terceiro álbum de originais dos galeses Super Furry Animals. A natureza da coisa não é mais do que "The Sound of Life Today" e pouco importa que o seu conteúdo consista de 21 segundos de um sintetizador num volume quase imperceptível. O Som da Vida Hoje é o único campo de trabalho suficientemente abrangente para conter a voragem criativa de um quarteto que, em poucos anos, mostra ter adquirido uma perícia notável na orquestração de milhares de referências sonoras e posterior conversão em canções pop irreais únicas. O resultado é muitíssimo mais atraente do que o estapafúrdio alien mutante amarelo que adorna a capa sugere, ficando somente a uns quantos milímetros de Fantasma , de Cornelius. Só n'O Som da Vida Hoje seria possível iniciar um disco com uma variação sobre um sample de Young MC ("Check It Out")

Innerzone Orchestra

(publicado no Blitz em Setembro de 1999) INNERZONE ORCHESTRA PROGRAMMED (Mercury/Universal) Carl Craig é um dos mais aventureiros criadores identificados com o movimento tecno de Detroit, homem de vários disfarces sempre pronto a arriscar a mão por territórios musicais que o preconceito, a preguiça ou os estudos de viabilidade financeira jamais aconselhariam. É este percurso ousado que atinge, em Programmed , um pico de forma e de inspiração que se afiguram dificilmente ultrapassáveis. Uma vitalidade impressionante que nos atinge envolta numa espécie de argumento cinematográfico feito história vampiresca contemporânea (Blakula percorre todo o planeta em busca de sangue, rumando depois ao cosmos em busca do "planeta negro" quando o líquido vital começar a faltar por estas redondezas) que confere a este registo umas certas feições conceptuais mas apenas perceptíveis através da leitura das notas inclusas no livreto; notas que se referem a Carl Craig na terceira pessoa e através

1993

Mais quatro dias e cumpriam-se dois anos exactos desde que aqui despejei o meu último best of discográfico. Um pouco de contexto, para quem não acompanhou a novela: desde 1982 que faço listas com os - meus - melhores discos do ano. O que aqui vou reproduzindo reflecte o que tem de reflectir, isto é, o que gostava, e quanto gostava, em tempo real. As listas de 92 estão aqui . As dos anos anteriores não andam longe. As de 1993, abaixo reproduzidas, soam surpreendentemente certas. Hoje, quase não mexeria nos 20 discos estrangeiros (só talvez os Dinosaur Jr. e os Pearl Jam marchariam dali para fora), e quase todos permanecem, pelo menos em teoria e de memória, audíveis. Foi um ano forte, de boas convulsões estéticas. O meu alinhamento "ideológico" pró-Melody Maker estava no auge, e lá por Novembro havia encontrado e começado a ler uma revista chamada The Wire. Já a lista nacional, a 18 anos de distância, é para lá de pobrezinha. Dois deles continuam recomendáveis (os nos. 3 e 4),

2562

Escrevo sobre Aerial de 2562 (dubstep holandês via Bristol; bom) na Time Out. Está aqui . (Como os utentes mais pacientes podem ter reparado, este blogue está em obras. O mundo anda entupido de coisas redundantes ou sem interesse, e a blogosfera é a mãe dos engarrafamentos de vaidades e inutilidades, bem como um espelho de outras doenças sociais contemporâneas. Assim, as obras vão continuar. Pelo caminho, com sorte, hei-de descobrir no que elas vão dar.)
Imagem