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A mostrar mensagens de julho, 2007

Suburbia

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Dificilmente arranjaria melhor guia para Lisboa com conhecimento dos dois lados da questão geográfica do que o João. Ao jantar, depois de uma caminhada de fim de tarde pela Mouraria e Alfama, e antes da minha primeira ida a uma casa de fados, falámos das diferenças entre o conceito de suburbano no Porto e em Lisboa. Embora já tenha ouvido a palavra empregue em tom de escárnio social e cultural no Porto, disse-lhe que, em apenas três semanas de estadia a tempo parcial em Lisboa, o recurso ao "suburbano" na capital para denominar o pacóvio culturalmente atrasado (alegadamente...) que adora tudo o que lhe enfiam pela goela abaixo e nada mais do que isso, com toda a capacidade de filtragem crítica de uma galinha bêbeda, já excedera amplamente a experiência nortenha. O João explicou-me que há uma distinção apreciável entre a condição de suburbano em Lisboa e no Porto. É, sobretudo, uma questão de escala e de, vá lá, sedimentação social. Subúrbios há de Lisboa que são bem mais dis

Twenty Quid Music Prize Versus Mercury Music Prize

Logo após o anúncio dos finalistas na corrida ao Mercury Music Prize deste ano , o Popjustice anunciou os candidatos ao quinto Twenty Quid Music Prize . O TQMP tende a ser incalculavelmente melhor do que o MMP porque, a - Escolhe o melhor single britânico e não o melhor álbum, e b - Porque as escolhas das (1, 2, 3...?) pessoas do Popjustice são sempre, e por definição, mais interessantes e repletas de vida inteligente e exterior. Este ano, as diferenças de qualidade entre os nomeados para o TQMP e para o MMP parecem ainda mais abissais. Nenhuma (repito: nenhuma) das canções escolhidas para o TQMP está abaixo de óptima, e as de Calvin Harris, Jamelia, Sophie Ellis-Bextor, Siobhan Donaghy, Roisin Murphy (sim, até desta; incrível, não acham?), Robbie Williams e Girls Aloud são mesmo excepcionais. Pelo contrário, dos finalistas ao MMP apenas se safam Dizzee Rascal, os Arctic Monkeys e Amy Winehouse. Ainda se pode dar o benefício da dúvida aos The View e aos New Young Pony Club. O resto, qu

300 kms

Desde o início deste mês que vivo em Lisboa de 2a a 6a, e em Vilar do Paraíso (V.N.Gaia) um bocadinho de 6a, sábado e domingo inteiros, e mais um bocadinho de 2a. Isto porque desde o início deste mês que faço parte da redacção da Time Out Lisboa, que há-de começar a sair para as bancas semanalmente, se tudo correr bem, lá para Setembro. Na Time Out Lisboa darei uma dicas sobre a secção de música e contribuirei, como é lógico, para o resto da revista, tal como toda a restante redacção. As minhas desculpas a todos os que trabalham no negócio da música nacional (artistas, editoras, ditribuídores, managers, agências, organizadores de espectáculos,...) que costumem passar por este blogue e a quem ainda não comuniquei ests mudanças. Motivos: muita mudança e muita coisa para fazer em muito pouco tempo. Se for esse o caso, e se tiverem discos e concertos para divulgar, ou se quiserem apenas dizer olá, escrevam-me para jmlopes@timeout.pt . Desde o início do mês que só tenho tido tempo para a Ti