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A mostrar mensagens de 2007
"It's too early to say exactly what that is, and whether it more four than five stars, or even a bit on the side three, but one thing is for sure - they value our custom, and are happy with the response, in their own mannered nagging Radiohead way, even if we've only paid the 45 pence service charge for all these blessed, blissed out, conventionally anguished songs, and will not venture into the world of posh boxes and associated 'thought-experiment' merchandising." (Paul Morley, sobre In Rainbows dos Radiohead, no blogue do Observer) Música: Under the Blacklight dos Rilo Kiley; sobretudo "Dreamworld".
"It's safe to say, at least for the time being, that electronic music's futurist impulse has run its course. From Kraftwerk and Cybotron through Chicago house and Detroit techno, electronic music has always rooted itself firmly in a futurist continuum stretching back to the beginning of the 20th Century. Acid house began with a project called Phuture, after all, and throughout the '90s, electronic music generally mirrored Western culture's technological optimism, secure in the belief that advances in hardware and software were creating a better world one circuit at a time." (Philip Sherburne, no De:Bug) Música: Greatest , Bee Gees.
" …but the important thing is not to let the idea die with the man. There isn’t “that” NME anymore or that Wire and probably no real equivalent, even or especially online, but some of us continue regardless, because we have to, and in my case for reasons which go far beyond music, and we continue to weave our crazily rational colours because its colours they are finer than the grey I peer out and see everywhere else. " (Marcello Carlin, tributo a Richard Cook no Freaky Trigger)
"The story that Sinead has offered Britney her home as a refuge is heartwarming, even if the offer is unlikely to be taken up; the right of women to go mad, to break down, and not be ridiculed or vilified for doing so, and even, or especially, to be helped gently back to recovery, cannot be underemphasised, particularly in a world which otherwise shows all the signs of regressing to the Dark Ages. Doherty is cheered; Winehouse is jeered." (Marcello Carlin, em The Blue in the Air)
His advice to aspiring music journalists was typically pithy: "Describing a piece of music in a way which isn't either cliche-ridden or merely fanciful is desperately difficult. I suppose if I have any advice to offer, it's the simple truth that you have to listen properly, and hard, and ask yourself what's going on and why." (Sobre Richard Cook, recentemente falecido, na The Wire) Música: Home Again , Edwyn Collins.

Suburbia

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Dificilmente arranjaria melhor guia para Lisboa com conhecimento dos dois lados da questão geográfica do que o João. Ao jantar, depois de uma caminhada de fim de tarde pela Mouraria e Alfama, e antes da minha primeira ida a uma casa de fados, falámos das diferenças entre o conceito de suburbano no Porto e em Lisboa. Embora já tenha ouvido a palavra empregue em tom de escárnio social e cultural no Porto, disse-lhe que, em apenas três semanas de estadia a tempo parcial em Lisboa, o recurso ao "suburbano" na capital para denominar o pacóvio culturalmente atrasado (alegadamente...) que adora tudo o que lhe enfiam pela goela abaixo e nada mais do que isso, com toda a capacidade de filtragem crítica de uma galinha bêbeda, já excedera amplamente a experiência nortenha. O João explicou-me que há uma distinção apreciável entre a condição de suburbano em Lisboa e no Porto. É, sobretudo, uma questão de escala e de, vá lá, sedimentação social. Subúrbios há de Lisboa que são bem mais dis

Twenty Quid Music Prize Versus Mercury Music Prize

Logo após o anúncio dos finalistas na corrida ao Mercury Music Prize deste ano , o Popjustice anunciou os candidatos ao quinto Twenty Quid Music Prize . O TQMP tende a ser incalculavelmente melhor do que o MMP porque, a - Escolhe o melhor single britânico e não o melhor álbum, e b - Porque as escolhas das (1, 2, 3...?) pessoas do Popjustice são sempre, e por definição, mais interessantes e repletas de vida inteligente e exterior. Este ano, as diferenças de qualidade entre os nomeados para o TQMP e para o MMP parecem ainda mais abissais. Nenhuma (repito: nenhuma) das canções escolhidas para o TQMP está abaixo de óptima, e as de Calvin Harris, Jamelia, Sophie Ellis-Bextor, Siobhan Donaghy, Roisin Murphy (sim, até desta; incrível, não acham?), Robbie Williams e Girls Aloud são mesmo excepcionais. Pelo contrário, dos finalistas ao MMP apenas se safam Dizzee Rascal, os Arctic Monkeys e Amy Winehouse. Ainda se pode dar o benefício da dúvida aos The View e aos New Young Pony Club. O resto, qu

300 kms

Desde o início deste mês que vivo em Lisboa de 2a a 6a, e em Vilar do Paraíso (V.N.Gaia) um bocadinho de 6a, sábado e domingo inteiros, e mais um bocadinho de 2a. Isto porque desde o início deste mês que faço parte da redacção da Time Out Lisboa, que há-de começar a sair para as bancas semanalmente, se tudo correr bem, lá para Setembro. Na Time Out Lisboa darei uma dicas sobre a secção de música e contribuirei, como é lógico, para o resto da revista, tal como toda a restante redacção. As minhas desculpas a todos os que trabalham no negócio da música nacional (artistas, editoras, ditribuídores, managers, agências, organizadores de espectáculos,...) que costumem passar por este blogue e a quem ainda não comuniquei ests mudanças. Motivos: muita mudança e muita coisa para fazer em muito pouco tempo. Se for esse o caso, e se tiverem discos e concertos para divulgar, ou se quiserem apenas dizer olá, escrevam-me para jmlopes@timeout.pt . Desde o início do mês que só tenho tido tempo para a Ti

Divebomb

Esta canção é de fazer tremer o chão, os pés, as pernas, as ancas e o resto.

Cidadão Doherty, Ano Desconhecido, Idade: Incerta

Do you wanna be a presenter? This guy's brilliant.

Cidadão Page, 1957, Idade: 13

Parece que ele queria ser biólogo.

Cidadão Jones, 1964, Idade: 17

É muito provável que isto seja a sério.

Loop Duplicate My Heart

Suécia + hologramas + Pulp

Sónar 2007 @ Expresso

Segundo lembrete para a reportagem do Sónar 07 que será publicada no Expresso de amanhã, sábado. Contém dados factuais e observações de teor mais subjectivo sob as actuações dos FM3 (com as Buddha Machines e com Blixa Bargeld), James Holden, Sunn O))), Nettle, Beastie Boys, Richie Hawtin, Simian Mobile Disco, Justice, Cornelius, Dizzee Rascal, Digitalism, Kode9 & the Spaceape, Skream, Various Production, Junior Boys, Wolf Eyes, Devo, Fangoria, Jeff Mills, Matthew Dear's Big Hands, Âme, Black Devil Disco Club e Altern8. Uns têm apreciações positivas, outros medianas, outros negativas.

Período Experimental

Mark Fisher não o disse a propósito do Sónar, mas tambem lá encaixa (o sublinhado é meu): "Faster than Sound is the ‘experimental’ offshoot of the Aldeburgh music festival. Thankfully, the sounds on display here were not all Experimental (TM), i.e. Experimental as a set of rigidly-policed traits, defined by aversions (to melody, rhythm, etc.), like a negative image of everything that is interesting in music. If the standard methods of producing sonic consistency are to be dispensed with, the challenge is to produce new modes of consistency, not to simply churn out inchoate crackle and clicks . "

Criticar por criticar

No Sónar 2007 (ver reportagem alargada no Expresso do próximo sábado)olhava-se para o programa e, ao contrário do que é da natureza do festival, não se davam muitos motivos para escapar ou acrescentar algo ao plano de concertos-a-ver previamente alinhavado. Estes foram, por isso, a única (e muito grata) surpresa. Já existem há uma data de anos mas só lhes conhecia o nome. São um contributo precioso a favor de uma União Europeia da Pop mais alargada, onde França, Reino Unido, Alemanha e Escandinávia não sejam as únicas a ultrapassam fronteiras. (Já agora: as míticas sacolas do Sónar que são dadas a quem está acreditado no festival trazem sempre um punhado de folhetos, revistas, bugigangas de utilidade variável, o ocasional DVD e vários CDs - compilações de nomes novos que aproveitam a boleia de algum mecenas com visão. Verdade que compilações dessas poucas vezes trazem coisas que fixem a atenção. A qualidade tende a ficar entre o esforçado mas ainda anónimo e a indigência, e desconfio q

Vá, fiquem lá antes com os White Stripes

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My Brittle Heart

This is the coastal town/ That they forgot to close down

Dépêchez-Vous

Hurry up son, we haven't got all day! 1. Desde o início do mês que os estimados visitantes deste blogue podem ler-me a dissertar sobre cinema, das novidades em sala às novidades em DVD. Onde e como? Todos os domingos, na revista J, que vem aconchegadinha dentro do jornal O Jogo . 2. Nos Futuros que saíram no Actual do Expresso do último sábado, dia 20, escrevia sobre dois "projectos" que fazem música para dançar. Uns chamam-se The Black Ghosts . O outro chama-se Kalabrese . Ouçam-nos. Digam coisas. 3. Mais um ex-camarada da aventura rocambolesca UM com um blogue para ser lido: Knock Is There , do Diogo Silva. 4. Três artigos que devem mesmo, mesmo, mesmo ler: I - Tom Ewing e a putativa utilidade da escrita sobre música no nosso mundo, agora (dica cortesia da Ana ). II - David Hepworth dá nove razões para pegar no alternative country, embrulhá-lo todo bem embrulhadinho e despachá-lo para uma central de tratamento de resíduos tóxicos . (O blogue de David Hepworth é o blogue

Hardest Toxic Man in Showbiz

Rock'n'Roll! Yeah! Er...

The Girls

You've got a little thing I haven't seen before

Save My Pride

Quando já se é uma banda soberba nos domínios da Pop, que extra se pode trazer para aqueles dias em que se recebem vários convidados casa? Ora, está bom de ver que o ideal é fazer um versão de uma outra óptima banda Pop das redondezas (os Alcazar), ouvir outra vez o It's a Sin dos Pet Shop Boys para mais alguma contaminação de génio, registar um vídeo estranhíssimo, e voilá!

Thou Shalt Always Kill

Provavelmente o que antigamente se chamava de novelty hit. Lovely.

Visionary Dream

Afinal havia outra... canção bastante decente no Eurofestival 2007. Esta. Da Geórgia. Intrincada q.b. Étnica/ turística q.b. O refrão roça o Ray of Light de Madonna e a cantora, Sopho Khalvashi, ficará rapidamente sem cordas vocais se continuar a esticá-las desta maneira, mas é uma canção bem, bem decente.

Song # 1

This plastic paradise will last. Oficialmente, a Canção de Jeito do Eurofestival 2007. Vem da Rússia, a terra das óptimas t.A.T.u. Parece que os países de Oeste andam aborrecidos porque os países de Leste são mais dados a votar no Eurofestival e porque, com os seus votos, não reconhecem automaticamente a superioridade histórica (logo, vitalícia) que os países de Oeste acham que possuem. Cada um dos países de Oeste devia era aborrecer-se por não arranjar canções de jeito para os representar no Eurofestival. Os temas do Reino Unido e da Suécia (os mais consistentes nestas aventuras) para 2007, não sendo execráveis, entretinham-se demasiado nos seus pequenos jogos pós-modernos de referências aos T.Rex (Suécia) e ao eurodisco gay (Reino Unido). Não chegam nem à sombra da frescura da canção russa, cujos autores devem ter andado a ouvir a pop actual que mais interesse - Girls Aloud, Xenomania.

Smack-Jack

This plastic paradise won't last.

Expresso 1800 (& Etc.)

Há uma nova colaboração a ser cozinhada (anúncio lá mais para o final da semana) que, em acumulação com as outras, tem transformado o tempo deste freelancer à força (e temporário, desejo eu) numa coisa que se tem de contar como os trocados quando o dinheiro escasseia. Tempo contado que vai adiar por alguns dias as respostas em falta a vários comentários chegados na última semana; e tempo contado que obriga a mensagens cinco-em-um: 1 - No Actual do Expresso do passado sábado há prosa minha, assim a tender para o extenso, sobre o Amor, Escárnio e Maldizer dos Da Weasel, e sobre a Nação Hip-Hop 2007. 2 - O ex-breve camarada de jornal (UM) Nelson Calvinho foi contratado para a direcção de conteúdos do portal de jogos MyGames da Impresa Digital . Absolutamente merecido. Absolutamente de parabéns! 3 - Outro ex-breve camarada de jornais (Blitz, UM), o José Marmeleira, tem finalmente o seu blogue, Amador Feliz . 4 - Outra ex-breve camarada de jornal (UM), a Ana Patrícia Silva, é a autora do fa

Shine

Que tempo apaixonante para canções. House-Disco-Pop 4ever!

Oxygene 4

Estes malucos dos Daft Punk estão cada vez melhores.

Umbrella - O Vídeo!

À 35ª audição, começo a achar que vai ser muito complicado encontrar tão cedo outra canção que faça engolir em seco e falhar um batimento cardíaco como Umbrella faz. O vídeo está à altura da canção. (Procurem no YouTube uma versão de Umbrella sem Jay-Z. É, tal como suspeitava, ainda mais superlativa.) Em Umbrella, Rihanna canta que: You had my heart, and we'll never be worlds apart Maybe in magazines, but you'll still be my star Baby 'cause in the dark you can't see shiny cars And that's when you need me there With you I'll always share Because [Chorus:] When the sun shine, we shine together Told you I'll be here forever Said I'll always be your friend Took an oath I'ma stick it out till the end Now that it's raining more than ever Know that we'll still have each other You can stand under my umbrella You can stand under my umbrella ella ella eh eh eh Under my umbrella ella ella eh eh eh Under my umbrella ella ella eh eh eh Under my umbrella e

Wilson Angst

Razões para simpatizar com o produto interno 1: Esta canção e este vídeo de Sp & Wilson. Alguém andou a ouvir Justin Timberlake e percebeu a ideia geral da coisa. Razões para simpatizar com o produto interno 2: O blogue Angst in My Pants - chama a atenção para a música que vale realmente a pena escutar e para os escrevedores que vale realmente a pena ler. Não ter encontrado, assim de repente, uma única linha dedicada aos Arcade Fire, aos Sonic Youth, aos TV on the Radio, aos Black Rebel Nãoseiquê, aos Sigur Rós, aos Low ou a mongos folk barbudos é também um avantajado bónus. Quem quer que sejas, Angst, sê bem vindo.

Me And My Imagination

O segredo está nas curvas da melodia à volta do house. O segredo está nas peeeeeernas e no neon.

Leader of the Pack

Ou como arruinar uma das canções pop mais trágicas de sempre com um motoqueiro cheio de tiques palermas (literalmente a rir-se na cara da canção). Sinal extraordinário dos tempos: reparem como o apresentador se levanta no final do tema para cumprimentar... o motoqueiro. E como as três Shangri-Las recuam e se diluem no cenário. It's man's, man's world. Nada como uma mulher saber exactamente qual é o seu lugar.

Sirens

O segredo está em ser figurativamente convicente na encenação de ícones de opressão institucional. E no filho da puta do ritmo - Prodigy or what? E na voz dele, claro.

Expresso 1799

Desde sábado nas bancas (sim, eu sei que é meio disparatado e inepto fazer autopromoção a artigos publicados há já dois dias mas há circunstâncias atenuantes: a - só por necessidade laboral absolutamente inadiável é que ligo o computador ao fim-de-semana; b - o Expresso, sendo semanário, tem prazo de validade e existência nas bancas razoavelmente alargados): > Crítica ao Sound of Silver dos LCD Soundsystem. > Futuros de inspiração synthpop dançável e oitentista com os Matinée Club , Trademark e HelloGoodbye .

This Time I Know It's For Real

Mike Stock, Matt Aitken e Pete Waterman: génios da escrita e produção e manufactura Pop, mantidos na sombra do reconhecimento pela máfia da medíocre intelligentsia indie. E pensar que em 1989 liguei muito menos a isto do que merecia para andar a perder o meu tempo com, por exemplo, os Stone Roses...

I Beg Your Pardon

Que diabo de coisa tão importante andava eu a ouvir em 1989 para que isto me tenha escapado? (Ok, tirando o Prince, obviamente.) O riff de sintetizador é meio familiar, o ar New Order + Yazz + Sandra + Coldcut também, mas pensar que andei a perder tempo com nulidades como os Stome Roses quando havia isto.

Requiem

Que diabo de coisa tão importante andava eu a ouvir em 1988 para que isto me tenha escapado? (Ok, tirando o Prince, obviamente.) O título da canção ganha um significado trágico quando se sabe que (a acreditar nos comentários ao vídeo no YouTube), sete anos mais tarde, ambos faleceram num desastre de carro.

O Rosto do Tempo

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Não é, evidentemente, a única forma de o fazer bem, mas acho que as primeiras páginas do britânico The Independent são, em 2007, as melhores primeiras páginas e a melhor via para os jornais diários em formato tablóide - uma imagem/tema forte a dominar a página; um título mais ou menos marcante na mensagem e na visibilidade em função da imponência da imagem que o acompanha; poucas (ou nenhumas) chamadas para outros assuntos incluídos naquela edição. Tenho para mim que as primeiras páginas dos jornais, especialmente dos diários, devem reflectir graficamente o instante em que se vive; o instante que aquela edição, daquele dia, relata e explica nas páginas interiores. Devem conseguir destacar-se/ distinguir-se na fascinante batalha visual diária dos quiosques. Passar os dias a fazer primeiras páginas (isto é, a fazer a montra do jornal, a cara com que se mostra ao mundo e da qual se depende) que, quando colocadas lado a lado e observadas a poucos metros de distância, são basicamente indis

Top of the Flops

Há duas semanas surgiu em Inglaterra uma revista semanal de música chamada Popworld Pulp, braço em papel do programa televisivo e do site Popworld . Pensá-la e estruturá-la custou a habitual pipa de massa e de tempo . Duas semanas depois, a Popworld Pulp fechou . Parece que devia ter vendido uns 60 mil exemplares mas não passou dos nove (!) mil. Há qualquer coisa nesta lógica das empresas de comunicação social contratarem pessoas e gastarem considerável tempo e dinheiro a desenvolver publicações; a fazer incontáveis estudos de mercado; a alugar cobaias para lhes dizerem que só folhearão a revista se ela tiver títulos a cor de laranja em vez de títulos a azul marinho; a imprimir e a distribuir milhares de números experimentais... Há qualquer coisa nesta lógica de passar uma eternidade em laboratório para fazer uma revista em que tudo está como os estudos de mercado dizem que deve estar, e que fecha ao fim de 15 dias e duas edições e nove (!) mil exemplares vendidos em vez de 60 mil... H

Umbrella

Nunca falhei na estima pela Rihanna. Ela já tinha um punhado bem interessante de canções (S.O.S., Unfaithful, Pon de Replay... vocês sabem do que eu estou a falar), mas nem isso serviu de preparação para o portento que é o novo single . Aguentem com educação os primeiros segundos com Jay-Z (vá lá, ele merece) e deixem-se depois levar por aquela voz, aquela bateria de tnt e aquele sintetizador que assoma no horizonte e leva tudo até ao R-e-f-r-ã-o. É uma canção-momento - pode Rihanna não gravar mais nada, ou até mais nada de jeito, mas já ninguém lhe tira esta obra-prima.

Real Girl

Há um milénio atrás, Lenny Kravitz fez uma coisa decente pela Pop (além de estar calado e quieto, claro). Uma coisa chamada Justify My Love. Esta é a segunda coisa decente que Lenny Kravitz faz pela Pop. Sendo ele quem é, e sendo ela quem é, a coisa que ele faz pela Pop é decente porque é um sample (misericordiosamente instrumental) e porque a canção é dela. Linda como o Verão.

In private

Só para lembrar o óbvio parte 3 - Quase toda a gente que canta e cantou está abaixo de Dusty Springfield.

People Get Ready

Só para lembrar o óbvio parte 2 - Quase toda a gente que canta e cantou está abaixo de Dusty Springfield.

I Only Wanna Be With You

Só para lembrar o óbvio parte 1 - Quase toda a gente que canta e cantou está abaixo de Dusty Springfield.

90210

O segredo está no ar impassível dos personagens, mesmo quando W. Coyne esclarece que ela usa "vaaaseline".

Don't Give It Up

O segredo está em Kate Bush e no reflexo coral que segue a voz como uma sombra deliberadamente desfasada. Outra para juntar àquela listinha das canções maiores do ano, s.f.f. Obrigado.

Discotheque Francais

Estão a ver aquela listinha onde juntam as melhores canções de cada ano? É para juntar esta à lista de 2007, s.f.f. Obrigado.

Top Leituras

Versão mais r€ali$ta. Agora com sites, mas sem blogues. 1 - Popjustice 2 - The Word 3 - Mixmag banco de suplentes: 4 - Wax Poetics 5 - Pitchfork (somente os textos de T. Finney, J. Harvell, P. Sherburne, D. Stelfox, N. Abebe, M. Clark, S. Troussé e T. Ewing) 6 - Vanity Fair

UM

Para os que, como eu, ficam a cismar com as pontas soltas, tenho a comunicar que o jornal UM, que eu dirigi entre Agosto e Dezembro do ano passado, está oficialmente morto. Morreu prematuramente, muito prematuramente, mas morreu de morte natural. Estou longe de estar convencido que o UM não tinha recursos ou contexto para existir, mas as coisas correram como correram e o UM já não corre. Obrigado Jorge. Muito obrigado Eduardo. Obrigado Rita, Ana Patrícia, André , Inês, Zé, Luís, Álvaro, Nuno P. , Pedro , Rodrigo , Nelson , França, Diogo, Adriana e Tiago. Obrigado também ao Nuno C. e ao Filipe. Obrigado a todos os que se ofereceram para o distribuir. Obrigado a quem lá desejou colocar publicidade. Obrigado, naturalmente, a quem teve a desmesurada paciência de o procurar quinzenalmente, a quem o leu e a quem se deu bem com ele. A pequenina história do UM continuará, presumo eu, inteiramente acessível no seu site . Stay beautiful.

Expresso 1796

Hoje nas bancas (sim, hoje!!): >Artigo com/sobre os Cansei de Ser Sexy e mais uns quantos brasileiros com muita pinta a fazer música, ou fora do Brasil, ou dentro do Brasil mas que não se nota que são brasileiros. >Reportagem da Info Session da Red Bull no Porto na semana passada com Steinski . [Auto-promoção inepta: Há um texto meu no flyer/revista do Lux de Março sobre o dubstep. Sempre uma boa coisa de se saber, sobretudo no último dia de Março...]

Girlfriend

O segredo está no fantástico verso "she's like so whatever". E no sortido de ritmos liceais que aqui se conseguiu meter.

Disco Project (Live @ Disco '82)

Devem ser os pioneiros dos mashups. Andava à procura da fantástica colisão Billie Jean x Jeopardy, mas deles "só" consegui encontrar isto. Tanto ao nível musical como do guarda-roupa, há que concordar que, há 25 anos, eles já davam uns sistemas solares de avanço aos Sunn O))).

Expresso 1794

Errr, acaso passem perto de uma biblioteca e estiverem meeeeesmo para aí virados, serve esta para vos dizer que no Actual da semana passada houve Futuros com a super-pop Margaret Berger .

AVH

O mestre tem um álbum novo a sair no fim de Abril. As três primeiras canções que aqui estão são desse álbum. É seguro dizer que até dá formigueiros só de pensar em ouvir isto a ribombar num hangar.

Get Down

O segredo está em imaginar isto a ribombar num hangar. Hmmm. É seguro dizer-se que eles BasementJaxxizaram-se, o que só pode ser uma coisa boa.

Stop Me

As canções dos Smiths prestam-se a versões no mínimo (no mínimo) tão boas como os originais. Tirando aquela daquele espanhol, claro. As t.A.T.u. já o tinham provado. Mark Ronson reforça a teoria.

We've Only Just Begun

O segredo está em saber estar vivo. E naquelas letras gigantescas, claro.

Barba e Cabelo

A empregada do quiosque segura a Wire que estou a comprar, olha para os quatro homens da capa e comenta o farto comprimento do cabelo e, sobretudo, da barba de alguns deles. Digo-lhe que, de facto, alguns deles só teriam a ganhar com uma visita urgentíssima a uma barbearia ou a um salão de cabeleireiro. A sorte da empregada, presumo eu, é que não terá ainda tropeçado na música dos quatro homens da capa. Eu, pelo contrário, deixei-me levar por afinidades antigas (o Tender Prey ainda está ali, orgulhoso, no armário dos vinis), e tropecei em "No Pussy Blues", que mostra outra vez porque é que o rock se transformou, em 99,1% dos casos, numa anedota sem esperança de ter graça. Eject.

Valerie

O segredo está na potência do secador de cabelo. O segredo está na versão, que realça as coisas boas que este original já carrega.

Boring

O segredo está na monotonia das vozes e da guitarra. O segredo está no assobio, nos vestidos e no preto-e-branco.

Atlas

O segredo está no ritmo, nos espelhos, nas Bangles e na remistura que este ritmo está mesmo a pedir. (Estava tão obviamente a pedi-la, a remistura, que ela já foi feita, por DJ Koze, e sai junto com a versão original a 2 de Abril.)

I'm not in love unless you tell me so

> R.I.P. Jean Baudrillard. >Aliviado por ver que os bons do costume não alinham na, errr, canonização hiperbólica de uma certa banda canadiana. Que tem a sua gracita, mas... jeez, get a hold of your pants... >...Enquanto isso, as coisas que valem mesmo, mesmo a pena continuam a ficar retidas na fronteira nórdica, impedidas de se propagarem Europa e mundo afora. Como é o caso disto , que me chegou agora pelo correio, que é dos melhores álbuns de 2006 e que a Sony BMG não propagou para fora do referido eixo nórdico. A frase do título deste post é um verso seu. The mind boggles - mas, hey, não é indie-chic, nem folk badalhoca, nem, que eu saiba, andrógino-chic. Ou seja, uma má gestão de carreira.

Top Quiosque

Vai uma lista do melhor papel impresso estrangeiro neste preciso momento? Vai? Vai. 1 - The Word 2 - The Wire 3 - Vanity Fair (e um site maravilhoso) 4 - Decibel 5 - Terrorizer 6 - Plan B banco de suplentes: 7- Mixmag 8 - Blender 9 - Wax Poetics 10 - The Believer 11 - Rolling Stone

Expresso 1791

Errr, desde sábado na bancas: >Artigo no Actual sobre Madonna e The Confessions Tour.

'I Know There's Something Going On'

O segredo está em Phil Collins.

Self Control

O segredo está no desejo.

Maria Magdalena

O segredo está nas rodas dentadas. E nos megafones. E no olhar dela.

So Many Men (So Little Time)

O segredo está no vapor.

male stripper

O segredo está nos sintetizadores. E nas calças.

I Feel For You

O segredo esta nas cores. E na harmónica. E nos gira-discos.

Slave To The Rhythm

O segredo está na lâmina. E nas nadegas. E no Citröen CX. E nela. E nele - ele, Trevor Horn.

Elephant Box

O segredo está na dança. E no ritmo. E na voz. E no penteado. O segredo é cristalino como a água.

Waterfall

O segredo está no piano. E nos brincos. E nos solo de guitarra - há 20 anos que tenho este solo de guitarra na cabeça.

Mia bocca

O segredo está nos sapatos. E no vestido. E na voz. E nela.

Expresso 1790

Amanhã nas bancas: >Futuros no Actual, dedicado à Ástato .

Disco D RIP

Tempos deprimentes, estes tempos. Até no Booty Bar.

Expresso 1786

Hoje nas bancas: >Futuros no Actual, com três novos fazedores de música pop com guitarras eléctricas (nota: cena com cordas muito usada para fazer música noutras eras, entretanto caída em natural desuso)- Go:Audio , Original Cast e The Sounds .

Oferta Pública - Vários

Sim, é o regresso das borlas para os que ainda se interessam por ler e coleccionar papel impresso! Desta vez é um luxo de revistas e jornais sortidos, à disposição de sortudos que não precisarão de gastar um cêntimo no eBay - oferecidos por um preguiçoso que não está para ler as instruções do eBay. Tenho para oferecer o rol abaixo descrito. Condições: 1 - a oferta é em bloco; 2 - a entrega, de V.N.Gaia para toda a metrópole e províncias ultramarinas, terá de ser a custo zero, ou seja, é preferível que suceda pessoalmente. Mojo > Dezembro 2004 > especial John Peel RIP Deuce: > Dezembro 2003 > Plasticman, Est'elle, Tinchy Stryder, etc. > Janeiro 2004 > Jameson, Digital Mystikz, Riko, etc. Premiere Special (americana) > 1994 > Nova Iorque Cahiers du Cinema: > data desconhecida > Especial Nouvelle Vague > Novembro 2000 > Especial O Século do Cinema > Abril 2001 > Especial 50 anos The New York Times > 3 Outubro 1993 > edição dominical i.e.

Colin Thurston RIP

UM > Suspenso

A publicação do UM foi suspensa. A suspensão deve-se à ausência, neste momento, de soluções económicas que viabilizem a continuação da sua publicação nos moldes actuais. Um jornal gratuito como o UM necessita de investimento publicitário para viver. A publicidade que têm visto nas nossas páginas não chega para que o jornal se sustente. Uma decisão definitiva sobre o destino do UM depende das respostas de entidades que demonstraram interesse em aqui investir publicitariamente. Essas respostas deverão surgir a muito curto prazo. No meio de tudo isto há aquela coisa da vida, que tem de seguir em diante, com mais ou menos incertezas pelo meio. Serve então também esta mensagem para vos dizer que procuro trabalho, e que propostas do dito cujo são muito bem-vindas. No campo do jornalismo todo ou de outras actividades não jornalísticas ligadas à música/cultura/entretenimento. No Porto ou em Lisboa, em Braga ou Coimbra, em Aveiro ou em Guimarães... Para todo e qualquer contacto, o endereço

UM7 > nas bancas a 18 de Janeiro

Aproveitámos a mudança de ano e a consequente época dos balanços e balancetes para dar uma necessária arrumação na casa UM. A casa UM estava cheia de prateleiras com pilhas de papéis em equilíbrio precário, o quadro junto ao telefone repleto de post-its com lembretes de telefonemas por fazer, a agenda toda gatafunhada com chamadas de atenção para tratar de sei lá quantas burocracias. E discos e dvds e livros e por toda a parte, claro. Por isso, decidimos unilateralmente meter uns dias de baixa, errr, médica, e desinfectar o organismo e as instalações para depois mergulharmos em 2007 de forma mais sadia. Assim, a sétima edição do UM, a primeirinha do ano, tem data de saída aprazada para 18 de Janeiro. Uma quinta-feira, claro. Bom fim-de-semana. Façam exercício. Comam muita verdura.

O Ano Explicado (talvez parte 1)

O balanço do ano musical ouvido por ouvidos portugueses mais exaustivo e elucidativo do nosso meio artístico e crítico e jornalístico foi feito pela excelente e inexcedível Flur e pode ler-se/consultar-se aqui . A minha contribuição também lá canta. O balanço do ano musical por Mark K-Punk. Invulgarmente sucinto, mas está lá tudo. Não é preciso mais nenhum balanço. Se quisesse ser preguiçoso, assinava-o por baixo e pronto.