Alex Smoke

Microcrítica feita para o Blitz lá por Março e que não chegou a ser publicada.

Alex Smoke
Paradolia
Soma/Última

Jorge Manuel Lopes

Sucessor de Incommunicado: mais escuro, mais focado, mais profundo.

O segundo álbum de Alex Smoke surge exactamente um ano após o excelente Incommunicado e apesar de ostentar uma lâmpada na capa é como se a música do produtor escocês não tencionasse, de forma alguma, fugir dos espaços dominados pelo breu.
As batidas e as frequências graves dispensam grande companhia e evoluem como átomos a multiplicarem-se entrançados pelo espaço adentro. A grandeza das distâncias pede faixas-viagens que não se cansem nem olhem para trás e cada tema disponibiliza o volume adequado de minutos para que estes upgrades house e tecno microscópicos se transformem em transe. Às vezes têm por companhia a voz descarnada-pela-máquina de Smoke, semelhante à de Matthew Dear via Ian Curtis. Ou teclados a gotejar. E, em «Prima Matéria», uma orquestra sumptuosa e a promessa de eternidade.

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