Smash Hits

Façam o favor de encontrar o fio lógico: Revista quinzenal com 28 anos de presença nos escaparates, dividida entre boa reputação adquirida nos anos 1980 (sobretudo na primeira metade) e popularidade suficiente nos dias que correm, entre um público infantil e adolescente britânico, para vender 120 mil exemplares por edição (mesmo sabendo que vendeu muito mais noutros tempos pré-nettelemóveistvporcabotvporsatélitetvdigitalipod); Como já escrevi, vendas médias de 120 mil exemplares por quinzena, ou seja, superiores a todas as outras revistas e jornais de música britânicos (à excepção da Q) que são tidos em conta como histórias de sucesso de vendas e/ou estima e que todos nós compramos (Uncut, Mojo, NME, Kerrang, Record Collector,...); Uma equipa de funcionários contratados que não ultrapassa os 10; O que fazer com esta revista? Fecha-se, naturalmente. Se títulos como o Melody Maker, Muzik ou The Face encerram quando vendem trinta e tal mil exemplares por edição, que não haja dúvida que nestes tempos as máquinas editoriais da cultura/indústria popular do primeiro mundo não hesitam em fechar tudo o que cheire a dificuldade de recuperação não imediatamente men$uráv€£; tudo o que cheire remotamente a coisa que já teve um momento de esplendor.
A minha estima pela Smash Hits sempre foi apenas histórica/retrospectiva. Quando descobri que existia (provavelmente entrada dos 1990s) já ia velozmente a caminho da inanidade psicadélica fotos + gráficos + brindes + fotolegendas em que há muito se tornou («textos» não são para aqui chamados). Nos últimos anos, graças à net e a lojas de publicações vetustas, fiquei a conhecer o período dourado da revista que Nick Logan inventou em 1978 após dirigir o NME no seu período mais influente e popular (e dois anos antes de dar à luz The Face, a mãe das revistas trendy - e um certo meio termo pop-cultural entre o NME e a SH). É altamente provável que, acaso tivesse idade e dinheiro e domínio do inglês suficientes entre, vá lá, 78 e 83, quase de certeza que tê-la-ia comprado todas as duas semanas. Foi a porta-voz da Nova Pop em toda a sua glória, paixão e inteligência. Agora, felizmente, existe o Popjustice.

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