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A mostrar mensagens de fevereiro, 2006

Blitz 1113

Hoje nas bancas (porque amanhã é feriado): > Crítica a Chris Brown de Chris Brown . > Crítica a HK 119 de HK 119 . > Crítica a 14 Video Paintings de Brian Eno . > Mini-entrevista com Princess Superstar , a propósito da prestação de hoje à noite no Indústria com Alexander Technique via DJs Are Not Rock Stars (ela é simpática e bastante perspicaz mas a entrevista, que foi feita o ano passado aquando da saída do óptimo My Machine, acabou por ser um exercício telegráfico, bem educado mas semi-negligente enquanto ela cuidava de outras coisas em simultâneo - a minha teoria é que ela despachou-me enquanto tratava da lida doméstica). > Mini-prosa sobre o livro/revista Entrevistas MC - Volume 1 , que cumpre o papel precioso de voltar a dar vida a uma série de entrevistas originalmente publicadas nos anos 1970 e 80 na revista MC - Mundo da Canção. Se a encontrarem à venda, não deixem fugir.

Kanye West 2

Versão integral de texto originalmente publicado em Outubro de 2005 no Blitz. Partes deixadas de fora da versão impressa à época foram reaproveitadas para a prosa publicada no Blitz de hoje - incluindo o título original do texto abaixo reproduzido - sim, este foi o «Brilhante Diamante» original, substituído por... Kanye West a Presidente Ao segundo álbum, KANYE WEST constrói a segunda obra-prima. Late Registration tinge o hip-hop mainstream com discreta mas urgente inquietação política. O furacão Katrina chegou depois. O ex-braço direito de Jay-Z é o mais importante criador da pop negra americana. Texto: Jorge Manuel Lopes Há uma cronologia traçada por Sasha Frere-Jones numa edição de Agosto da revista semanal americana The New Yorker que sublinha as interessantes e invulgares mutações que «Diamonds from Sierra Leone», o single que anunciou a chegada do álbum Late Registration, sofreu em termos de conteúdo lírico desde o seu primeiro lançamento em Maio. Lembra Frere-Jones que a primeir

Kanye West 1

texto originalmente publicado em Junho de 2004 no Blitz: kanye west the college dropout Roc-a-Fella «We weren’t supposed to make it past 25/ the joke’s on you we’re still alive» -- «We Don’t Care» «And she be dealin with some issues that you can’t believe/ Single black female addicted to retail» -- «All Falls Down» Kanye West diz estas coisas (no primeiro caso, põe um coro de crianças no seu lugar) à medida que vai montando um majestoso disco pop, o seu primeiro em nome próprio depois de alguns anos a apurar um estilo próprio compondo obras-primas para o conglomerado Roc-a-Fella, de Jay-Z (e não só: a doçura soul vintage de «You Don’t Know My Name», de Alicia Keys, também é da sua autoria). Um disco que vai em radical contra-mão face a uns quantos preceitos do que é suportável no hip hop em 2004: The College Dropout tem mais do que fôlego e argumentos para sustentar os seus quase 80 minutos; os abundantes skits têm propósitos narrativos e evidente valor de entretenimento; recorre a

Blitz 1112

Hoje nas bancas, em versão levemente renovada: > Cantinho Luso com Pseudonimus (electrónica versátil; tem bastante material para audição no seu site ) e Toada Nocturna (nada mau para canção tradicional urbana; há música para ouvir aqui ). > Artigo sobre Kanye West e mini-perfil de Jon Brion . No site de K. West pode ver-se o belo teledisco de Bill Plympton para «Heard 'Em Say». > Críticas a Hangable Auto Bulb de AFX , Veracious de Peter Hammill (para o fim da prosa o nome do álbum transforma-se em Verocious - mea culpa, mea culpa), e Victimizer de Mikkel Metal . > Reportagem dos concertos do Balanescu Quartet na Casa da Música. Há diversas novidades no Blitz desta semana. Volta a haver duas páginas iniciais de notícias, seguidas de breves e novidades digitais. Aumentam as críticas discográficas. O Ao Vivo tem arrumação nova. O Cardápio subdivide-se em roteiro de concertos, Noitadas e uma área, chamada Planos B, que funciona como agenda seleccionada de acontecimentos nã

Blitz 1111

Hoje nas bancas: Cantinho Luso com O Gajo do Andar de Baixo (há aqui um tema para escutar; interessante a forma como se incorpora música primaveril com um moldar de sons com algo de field recordings)e Gota.

Como uma Liberdade

Um manifesto-barra-abaixo-assinado que é dramaticamente assinável.

SR @ PSF

Grande (em todos os sentidos) e fascinante e esclarecedora e motivante e nostálgica entrevista a Simon Reynolds no óptimo webzine Perfect Sound Forever. Tem Parte 1 e Parte 2 .

Expresso 1737

No Actual desta semana, hoje nas bancas: Futuros com resumo das dezenas de edições grime e dubstep já anunciadas para 2006 ( Skream , Logan Sama , Kray Twinz , Sway ...).

Pop Zombificada - O Regresso

Simon Reynolds concorda, discorda, complementa e oferece outros ramais à tese de K-Punk, já aqui mencionada e discutida, sobre o estado vampiresco(?) da Pop.

Dizzee + Blackdown

Martin Clark conversa com Dizzee Rascal sobre disco novo, os EUA, o potencial da sua editora Dirtee Stank no momento em que todos perceberam que das multinacionais não chegará muito dinheiro para o grime, e muito mais. O rapaz na esquina idolatra o Snoop Dogg.

Elton Dean

RIP

Contra a Barbárie e a Cobardia Política

O título acima é meu. O que se segue foi recebido por email: COMUNICADO - CONVITE Na próxima 5ª feira, 9 de Fevereiro, pelas 15 horas, um grupo de cidadãos portugueses irá manifestar a sua solidariedade para com os cidadãos dinamarqueses (cartoonistas e não-cartoonistas), na Embaixada da Dinamarca, na Rua Castilho nº 14, em Lisboa. Convidamos desde já todos os concidadãos a participarem neste acto cívico em nome de uma pedra basilar da nossa existência: a liberdade de expressão. Não nos move ódio ou ressentimento contra nenhuma religião ou causa. Mas não podemos aceitar que o medo domine a agenda do século XXI. Cidadãos livres, de um país livre que integra uma comunidade de Estados livres chamada União Europeia, publicaram num jornal privado desenhos cómicos. Não discutimos o direito de alguém a considerar esses desenhos de mau gosto. Não discutimos o direito de alguém a sentir-se ofendido. Mas consideramos inaceitável que um suposto ofendido se permita ameaçar

Eminem

Há um ensaio de Robert Christgau sobre Slim Shady, isto é, sobre Marshall Bruce Mathers III, isto é, sobre Eminem, na edição deste mês da revista americana The Believer. Também está disponível na íntegra no respectivo site . Pena que a Believer ainda não se venda cá.

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Mundo

Entrevista inédita com Mundo dos Dealema, realizada em Julho de 2005 a propósito da edição da compilação Lado Obscuro e das noites Nova Gaia Hip Hop. A Palavra É a Arma? Das sessões Nova Gaia Hip Hop nasceu a compilação Lado Obscuro, onde MUNDO dá o microfone a uma nova geração de hip-hop português. Texto: Jorge Manuel Lopes Além de integrar os Dealema (veteranos à escala temporal do hip-hop português, ainda frescos no departamento discográfico – um único álbum, homónimo, editado em 2003), Mundo organiza desde 1999 as noites mensais Nova Gaia Hip Hop, com poiso actual no Hard Club. As sessões Nova Gaia têm uma importância incontornável na expansão da cultura hip-hop no Grande Porto (limitações económicas obrigam a que as visitas de projectos de Lisboa ou do Algarve sejam pouco mais do que pontuais), não apenas abrindo o palco e o PA a uma mistura de DJs, MCs e bandas recém-nascidas e projectos reconhecidos no meio, como também dando tempo de antena ao breakdance e, pelo menos em suport

O Espectro

Blog de Vasco Pulido Valente e Costança Cunha e Sá . Absolutely bloody essential.

Blitz 1110

Hoje nas bancas: Cantinho Luso com Hunting Cross e Indignu. Artigo sobre a primeira passagem dos Depeche Mode por palcos portugueses e de antecipação do concerto de amanhã, quarta 8. Crítica a Already Platinum de Slim Thug . Crítica conjunta a Bigg Snoop Dogg Presents Welcome to tha Chuuch - Da Albu m e a Ludacris Presents... Disturbing tha Peace .

Smash Hits

Façam o favor de encontrar o fio lógico: Revista quinzenal com 28 anos de presença nos escaparates, dividida entre boa reputação adquirida nos anos 1980 (sobretudo na primeira metade) e popularidade suficiente nos dias que correm, entre um público infantil e adolescente britânico, para vender 120 mil exemplares por edição (mesmo sabendo que vendeu muito mais noutros tempos pré-nettelemóveistvporcabotvporsatélitetvdigitalipod); Como já escrevi, vendas médias de 120 mil exemplares por quinzena, ou seja, superiores a todas as outras revistas e jornais de música britânicos (à excepção da Q) que são tidos em conta como histórias de sucesso de vendas e/ou estima e que todos nós compramos (Uncut, Mojo, NME, Kerrang, Record Collector,...); Uma equipa de funcionários contratados que não ultrapassa os 10; O que fazer com esta revista? Fecha-se, naturalmente. Se títulos como o Melody Maker, Muzik ou The Face encerram quando vendem trinta e tal mil exemplares por edição, que não haja dúvida que ne

Depeche Mode

Textos originalmente publicados em Outubro de 2005 no Blitz. HERÓIS DA CLASSE OPERÁRIA Lembram-se como os DEPECHE MODE faziam canções electrónicas de grande fulgor que não pareciam electrónicas? Em Playing the Angel, eles redescobriram o segredo. Texto: Jorge Manuel Lopes, em Paris. Playing the Angel é o primeiro álbum em quatro anos dos Depeche Mode. Disco concebido com rara rapidez e evidente fulgor criativo, deverá satisfazer não só os que vêem Martin Gore, David Gahan e Andrew Fletcher como arquitectos de pop de base electrónica muito resistente à usura do tempo, como também os que participaram na sua ascensão, na primeira metade da década de 1990, a uma espécie de terceira via relutante na constelação dos gigantes rock de estádio. Depois do período de conquista planetária (com o álbum Songs of Faith and Devotion, de 1993, e respectiva mega-digressão) e de uma ressaca agitada pelo abandono de Alan Wilder e pela tentativa de suicídio de Gahan, os Depeche Mode entregaram um par de di

Pazz & Jop 06

Não vi a fundo as listas gerais saídas na semana passada no Village Voice nem sequer passei perto das listas individuais, mas o ensaio analítico de Robert Christgau sobre a ligação entre a progressão dos habitos de audição dos críticos e a aceleração no descartar de artistas & sua discografia ao longo de 32 ou 33 anos de P&J merece/deve ser lido.

Jay McInerney

Tem livro novo, The Good Life, que pega nas personagens de Brightness Falls uma década mais tarde, de ambos os lados de 11-09-2001. Muito bom livro, defende Benjamin Strong no Village Voice .

Great pop records are the diamonds of the tears of God

Alexander Bard, ex-Army of Lovers, agora nos fantabulásticos Bodies Without Ogans, tem uma coluna chamada Church of Pop no Popjustice.

Tropicália

Tetxo de Jon Dale, convincentemente fundamentado e com discografia, sobre o imediatamente antes, o durante paralelo e mais ou menos convergente e sequelas de relativa afinidade com a pequena/gigante avalanche psicadélica encetada por Caetano + Gil + Gal + etc.

Gestão de Espaço e de Vida

Todos nós acabamos por chegar ao momento de nos vermos livres das toneladas de discos/ livros/ jornais/ revistas/ filmes que, lá descobrimos, dificilmente um dia voltaremos a re-experimentar. Curiosamente, isso tende a acontecer lá pelos 30s. Bem-vindo ao clube, grande Michaelangelo Matos !

Pop Zombificada

Este extraordinário texto de Mark «K-Punk» Fisher é daqueles tão deprimentemente certeiros que dei por mim a ter que parar a cada frase para gritar para dentro em aprovação, meio em desespero pelo estado muribundo (e, se calhar, irrecuperável)da Pop, meio em exultação por alguém articular, com uma clareza exemplar, praí 95% do que também penso sobre o assunto. Frase-teaser: «So, please, no consumerist homilies about the fact that 'it is always possible to find good records, no matter what the year.' Yes, of course it is, but as soon as Pop is reduced to good records it really is all over. When Pop can no longer muster a nihilation of the World, a nihilation of the Possible, then it will only be the ghosts that are worthy of our time». E se não se sentirem remotamente impelidos a ler o resto, então não faço ideia porque vieram parar a este blog.

Apartheid

É o que sucede neste momento no mundo pop britânico, como observa correctamente Simon Reynolds em balanço musical de 2005 para a Frieze . Frase-teaser: «Twenty years ago, the likes of Kano or Bizzle would be NME front cover stars, no questions asked, purely as a matter of basic journalistic responsibility.» Sim, as três últimas palavras da frase citada podem ser usadas naquela sequência.